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A lição urgente da Copa do Mundo de Clubes para a Globo

"Sabemos agora/nem tudo que é bom vem de fora." A lição fundamental ensinada por Jorge Aragão no seu hino "Coisa de Pele" vem sendo comprovada nessas primeiras emoções da Copa do Mundo de Clubes da Fifa.

Muita gente estava preocupada com a performance dos clubes brasileiros frente aos gigantes europeus. Pelos resultados até aqui, não há tanto o que temer. Flamengo, Botafogo, Fluminense e Palmeiras estão na disputa e em pé de igualdade.

Isso faz um bem enorme à autoestima dos torcedores. Castigada por anos de dificuldades da seleção, perceber que o atual estado das coisas não configura um vexame internacional é uma delícia.

Espero que a boa onda da brasilidade consiga ser traduzida também em outras frentes da nossa cultura. Dentre elas, a teledramaturgia e o entretenimento como um todo. Recuperar o orgulho de fazer as coisas do nosso jeito, em vez de tentar mimetizar o que competidores globais estão fazendo.

A Globo passou décadas ensinando o povo a ver TV do seu jeito, e de uns tempos para cá sentiu a necessidade de copiar o que fazem lá fora. Ainda dá tempo de reverter essa situação.

Recuperar a novela com barriga, a série com estética de novela, o programa de auditório que vai além de formatos comprados de fora, e até o humor de bordão. Dá para fazer tudo de um jeito alinhado aos tempos atuais -e sem copiar o que os técnicos apreciam lá fora. Veja o sucesso de "Pablo & Luisão", por exemplo, que deveria estar na TV aberta para ontem.

Na disputa universal por atenção, nada tem mais valor que o ponto de vista. Um olhar autêntico, autoral e humano. Que as grandes corporações como a Globo consigam entender isso novamente.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.

Opinião

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