Conteúdo publicado há 23 dias

Defesa de Sean Diddy Combs acusa viés racial após exclusão de jurado negro

O juiz federal responsável pelo julgamento de Sean Combs, o P. Diddy, dispensou um jurado hoje após identificar inconsistências em suas declarações sobre o local de residência, levantando suspeitas de que o homem estivesse tentando assegurar sua participação no júri do caso de alto perfil.

A defesa de Combs, embora reconhecesse a diversidade do júri, opôs-se veementemente à remoção do jurado — um homem negro — argumentando que sua exclusão prejudicaria injustamente o réu. O suplente que assumirá o lugar é um homem branco.

O que aconteceu

A controvérsia surgiu depois que promotores alertaram para possíveis contradições nas informações fornecidas pelo jurado. Durante a seleção do júri, o homem, funcionário do Departamento de Correções de Nova York, afirmou residir no Bronx, com a noiva.

No entanto, em conversa informal com um servidor do tribunal na semana passada, ele mencionou ter se mudado recentemente para Nova Jersey, para viver com a namorada. O Ministério Público classificou a divergência como uma "falta de franqueza" preocupante. As informações são do The New York Times.

Ao ser questionado em audiência privada no gabinete do juiz Arun Subramanian, o Jurado nº 6 aprofundou as inconsistências, segundo o magistrado. Subramanian afirmou que as explicações do jurado sugeriam que ele estaria "maquiando respostas" para integrar o júri inicialmente — e para permanecer mesmo após a contestação de sua qualificação.

"Nada que o jurado diga agora colocará o gênio de volta na garrafa", declarou o juiz.

Combs, que enfrenta acusações de tráfico sexual e conspiração para extorsão, está na sexta semana de julgamento no Tribunal Distrital Federal do sul de Manhattan. O artista, que se declarou inocente, alega que as acusações derivam de relações consensuais com parceiras de longa data.

Na semana passada, após a manifestação dos promotores, um dos advogados de Combs acusou o governo de promover um "esforço velado para excluir um jurado negro". O júri atual é racialmente diverso, mas a defesa destacou que o Jurado nº 6 era um dos dois homens negros no grupo.

O juiz Subramanian rejeitou prontamente a alegação, afirmando não haver nenhum indício de parcialidade por parte da acusação. "Para deixar absolutamente claro, desde o início deste processo até agora, não há evidência ou sugestão de conduta tendenciosa pelo governo", enfatizou o magistrado.

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