Entenda como Bruno Mars participa da versão live-action de 'Lilo e Stitch'

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Você pode não saber, mas o cantor Bruno Mars, 39, deixou sua marca na versão live-action da animação "Lilo e Stitch". Se você pensou nele como um dos personagens da trama, se enganou, assim como quem já imaginou uma palhinha de seus sucessos no filme.
Bruno Mars, na verdade, produz a canção "Burning Love", de Elvis Presley, cantada pelos irmãos Nyjah Music e Zyah Rhythm, sobrinhos do músico, no longa. "Foi uma experiência maravilhosa", disse Nyjah Rhythm na festa de lançamento do filme em Los Angeles, nos EUA, no último sábado.

Aloha, Hollywood!
A Disney levou a cultura havaiana ao principal ponto turístico de Los Angeles para celebrar a estreia mundial do live-action "Lilo e Stitch". A festa de lançamento foi uma experiência imersiva montada na icônica Hollywood Boulevard, em frente a locais históricos como o Teatro El Capitan, o Teatro Chinês e o Teatro Dolby, que é o palco das cerimônias do Oscar.
Os convidados receberam o tradicional colar havaiano de flores naturais, feito com orquídeas e passaram por um enorme tapete azul em alusão ao oceano Pacífico. Algumas áreas da megaestrutura também foram cobertas com areia, além de incluir na decoração cabanas de bambu e palha, plantas tropicais, flores estrategicamente posicionadas, castelos de areia, cadeiras de praia e pranchas de surfe.
A versão live-action, dirigida por Dean Fleischer Camp, reconta a história de Lilo, uma garotinha havaiana criativa e sensível que vive com sua irmã mais velha, Nani, após a perda dos pais. Lilo enfrenta dificuldades para se enturmar com outras crianças, mas sua vida muda completamente quando ela adota o que parece ser um cachorrinho azul muito estranho, o Stitch. Na verdade, ele é um alienígena fugitivo extremamente inteligente e hiperativo.
Criado para causar destruição, Stitch chega à Terra após escapar de uma prisão espacial e passa a ser perseguido por autoridades galácticas. O que ninguém esperava é que, ao lado de Lilo, esse monstrinho fofinho acabaria aprendendo o verdadeiro significado de família. O filme mistura aventura, humor, ação e emoção, com cenas que vão desde perseguições pelas ruas do Havaí até momentos que exploram temas como luto, empatia e pertencimento.

Fidelidade cultural
Para manter a autenticidade da narrativa, a Disney investiu em representatividade e consultoria cultural. Parte do elenco é formada por atores havaianos e de origem polinésia, além da participação de diversos profissionais locais na produção.
Para criar o Stitch em sua versão live-action, a Disney utilizou tecnologias de ponta, incluindo recursos de inteligência artificial. O objetivo foi transformar o personagem animado em uma criatura convincente no mundo real, sem perder seu charme e personalidade. Texturas detalhadas simulam com precisão a aparência do personagem como pele, pelos e olhos vívidos. Tudo isso para criar um visual realista que se encaixa perfeitamente nas cenas com atores reais.
Zach Galifianakis, interpreta Jumba, o alienígena encarregado de capturar Stitch, e destacou a mensagem do filme e a proximidade com o Brasil. "Temas como família muitas vezes são negligenciados nas sociedades modernas, mas isso não acontece no Brasil. Estive no país e fiquei impressionado com a força dos laços familiares", afirmou a Splash o ator conhecido pela franquia "Se Beber, Não Case", durante festa de lançamento em Los Angeles.
Billy Magnussen dá vida ao alienígena Pleakley, colega de Jumba, mas ao contrário do parceiro, tem um coração bondoso e um certo ar de ingenuidade. Ele, que já atuou em filmes como "007 - Sem Tempo Para Morrer", é fã de surfe e se mostrou empolgado com as cenas de esporte no longa. "O Brasil tem uma tradição incrível nas ondas," elogiou. "Mas também preciso mencionar El Salvador, que está se tornando um destino de destaque para os surfistas."

A pequena Maia Kealoha, de apenas oito anos e com passagem por "Moana 2", se mostrou empolgada ao encarnar Lilo. "O que eu mais amo na Lilo é a coragem dela. Ela faria qualquer coisa pela família e também pelos alienígenas!", afirma a atriz, que diz se identificar muito com a personagem. "É como se ela fosse uma versão alternativa de mim mesma."
O produtor Jonathan Eirich revelou que o filme foi inteiramente rodado no Havaí. Apesar dos desafios naturais, como chuvas e mudanças climáticas inesperadas, ele ressaltou que as paisagens naturais foram um presente. "Filmar debaixo d'água, diretamente no oceano, foi uma experiência única. Na maioria das vezes, isso é feito em tanques ou piscinas em Hollywood."
A versão original de "Lilo e Stitch", lançada em 2002, foi indicada ao Oscar de melhor animação, mas perdeu para "A Viagem de Chihiro", do estúdio Ghibli. "O filme original, lançado em 2002, estava à frente do seu tempo. Mostrava personagens imperfeitos, mas profundamente humanos," afirma Eirich. "Lilo e Stitch é uma celebração da diversidade e da humanidade."
* O jornalista @fabioborgestv é correspondente nos EUA desde 2009, onde é credenciado pela Motion Picture Association e Departamento de Estado dos EUA. Desde 2019, é palestrante convidado da universidade UCLA.
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