Wagner Moura sobre afastamento do cinema brasileiro: 'Não estava empolgado'

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Wagner Moura, 48, abre o jogo sobre retorno ao cinema brasileiro com o filme "O Agente Secreto".
O que aconteceu
Ator diz que "O Agente Secreto", que representa o Brasil no Festival de Cannes, foi simbólico. "Significou muito para mim, simplesmente atuar e dizer coisas em português de novo, me reconectar com essa cultura. Nem consigo descrever o quanto isso foi importante para mim", revelou à Vanity Fair.
Artista explicou o sentimento de "voltar às origens brasileiras". "Javier Bardem disse uma coisa que adoro: trabalha em inglês como se houvesse um grande escritório no cérebro dele, cheio de coisas acontecendo, e quando trabalha em espanhol, o escritório está vazio. É uma metáfora ótima. Não falava inglês quando era criança, tive que aprender. Mesmo quando trabalho em espanhol, é diferente, sabe? O português é minha língua materna. É a cultura também."
De acordo com ele, trabalhou fora por desânimo com o país. "Fiz 'Narcos', que era uma série — levou muito tempo — e dirigi um filme que levou três anos. Eu não estava empolgado com nada do que estava acontecendo no Brasil durante o governo Bolsonaro. Nada estava acontecendo", relatou.
Wagner Moura ainda comentou sobre as diferentes perspectivas das gerações. "Existem outros cineastas que me animam, mas não muitos. Comecei a me preocupar com esse hiato geracional: será que conheço os jovens cineastas brasileiros que estão fazendo coisas? Será que eles têm interesse em trabalhar comigo? Passei por tudo isso", finalizou.
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