OPINIÃO
Sem sexo, expulsão, mocinhos ou vilões, BBB terminará como foi: morno
Vladimir Maluf*
Colaboração para Splash
21/04/2025 16h16
Quando Vitória Strada foi eliminada do BBB 25, no domingo, 20, as redes sociais foram tomadas por fãs chateados de não tê-la na final. No topo dos assuntos mais comentados na rede social X, além do nome da atriz, estava o termo "pior BBB".
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Muita gente considerou que Vitória deveria estar na final para que houvesse mais emoção no último dia de programa. Se João Pedro tivesse saído, a atriz enfrentaria Renata, com quem duelou praticamente toda a temporada, além de Guilherme, personagem que também cativou um bom público. Como quem ficou foi João, a final ficou mais previsível.
A edição 25 não causou grandes comoções, como vistas em anos anteriores. Não há uma grande história envolvendo os finalistas. O programa já premiou personagens bem mais marcantes, como Davi Brito (BBB 24); Arthur Aguiar (BBB 22) Juliette (BBB 21); Emilly Araújo (BBB 17); Fernanda Keulla (BBB 13); Diego Alemão (BBB 7); Jean Wyllys (BBB 5)... E eu não estou falando do tal pós-BBB, hein?
O programa teve outros grandes protagonistas que não levaram o prêmio. Mas e na edição 25? Será que teve alguém com enredo vibrante como o da supervilã Karol Conká (BBB 21)? Ou da protagonista que saiu, voltou e foi expulsa: Ana Paula Renault (BBB 16)? Também não teve um triângulo amoroso complexo como os inesquecíveis Thyrso, Manuela e Fabrício (BBB 2) nem noites de sexo como as de Eliezer com Maria ou Natália (BBB 22) - entre muitos outros.
Sem sexo ou expulsão, nem grandes mocinhos ou vilões, o BBB 25 foi todo morno. E por que? Na minha opinião, os participantes entraram preparados demais, cheios de amarras e concentrados em criar um uma trajetória linear, sem altos e baixos. É fácil imaginar que histórias muito fortes podem despertar sentimentos igualmente intensos, e prejudicar o tão falado pós.
Senti que os participantes se esforçaram para se manter monótonos e, com isso, permanecer no reality. E o medo de se entregar é compreensível. Ganhar o BBB (ou permanecer bastante tempo dentro da casa) é uma chance enorme de mudar de vida. Quem não quer ficar rico de repente e sem muito trabalho? Arriscar isso se destacando demais seria uma aposta muito alta.
Sair milionário ou com muitos seguidores para fechar vários contratos de publicidade é o sonho de muita gente que sabe a dureza que é a vida de trabalhar para ganhar pouco e pagar boletos. Mas, com tanta mesmice na vida, será que a gente quer ver monotonia na TV, também? Sem despertar grandes paixões, além do BBB, o tal pós-BBB também fica prejudicado. É mais fácil cair no esquecimento. Nesta edição, não torci para ninguém. Espero que a edição 26 desperte mais paixões.
*Vladimir Maluf é psicanalista clínico formado pelo CEP (Centro de Estudos Psicanalíticos), em São Paulo, jornalista e estrategista de conteúdo digital com passagens pelo UOL, Terra, Globo.com e iG e consultor sobre diversidade e produção de conteúdo digital. Ganhou o Prêmio UOL na categoria "Melhor Conteúdo" em 2020.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL