Paulo Betti detona colegas bolsonaristas e cita Regina Duarte: 'Dá enjoo'

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Paulo Betti, 72, diz que tentou manter um diálogo com colegas que votaram em Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições, mas desistiu por sentir "um certo enjoo".
O que aconteceu
Em entrevista à Veja, o ator não poupou críticas a Regina Duarte por defender Bolsonaro. Ele lembrou que a companheira de trabalho Bete Mendes foi alvo de ataques nos tempos de ditadura militar. "Sei de todos os meus colegas que votaram no Bolsonaro. Inclusive durante muito tempo consegui dialogar com eles, conversar, mas tem uma hora que dá um certo enjoo. Gente, não é possível que a Regina (Duarte) não sabia da tortura que a Bete Mendes, por exemplo, sofreu."
Uma colega nossa, da mesma idade que a Regina, Bete Mendes foi secretária de cultura em São Paulo, deputada federal diversas vezes. Bete é uma grande figura do meio artístico. Atriz que foi torturada pelo (coronel Carlos Alberto Brilhante) Ustra, pessoalmente pelo Ustra.
O artista diz respeitar o direito dos colegas de decidir por um lado, mas fala em desvio de caráter ou psicológico. "Sabendo de tudo isso, não consigo admitir... Mas a pessoa tem o direito. Ela tem o direito de expressar e dizer o que ela acha das coisas, e de ter lá três milhões de seguidores que ouvem o ponto de vista dela."
E ela acusando de que não há democracia? Tem um desvio aí que não entendo se é psicológico ou de caráter mesmo. Não é possível. Agora, óbvio que todo mundo tem o direito de ser de direita ou de esquerda. Cada um adota a ideologia em que acredita. Acredito genericamente nos conceitos da esquerda.
Betti se mostrou incrédulo ao lembrar que Regina Duarte ainda pôs em xeque a importância da Lei Rouanet —alvo de ataques dos apoiadores de Bolsonaro. "Como a Regina não acredita em Lei Rouanet? Deve acreditar. A gente está com a Lei Rouanet há quantos anos? Quase uns quarenta anos, lá do governo Collor. Ela precisa ser aprimorada, como todas as leis, mas facilita. Hoje existe uma distribuição maior."
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