Conteúdo publicado há 23 dias

Jornal da Record dedica 3 minutos à morte do papa; na Globo, foi quase 1h

Globo e Record fizeram a cobertura da morte do papa Francisco no Jornal Nacional e no Jornal da Record, na noite de hoje, mas com diferença significativa no tempo dedicado ao assunto.

O que aconteceu

A emissora do bispo Edir Macedo entregou 3 minutos de material sobre a morte do papa Francisco. Já a Globo dedicou 59 minutos, praticamente todo o Jornal Nacional, ao principal assunto do dia.

Como foi no Jornal da Record?

O Jornal da Record, transmitido a partir das 19h55, não teve a primeira matéria dedicada à morte do pontífice. O jornal abriu seu noticiário com a informação do assassinato de uma mulher no interior paulista.

A reportagem sobre o papa foi a 5ª a ser exibida e durou 3 minutos. Antes dela, foi exibida, por exemplo, uma reportagem sobre o pagamento antecipado do 13º salário.

Além de detalhes sobre a vida do papa, foram citados também os problemas enfrentados por ele durante o papado. A reportagem mencionou denúncias de abuso sexual que não foram investigadas e terminou com a notícia de que o presidente Lula viajará a Roma. A Record é uma emissora comandada por Edir Macedo, o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, uma denominação evangélica.

Como foi no Jornal Nacional?

Jornal Nacional, da Globo, no dia da morte do papa Francisco
Jornal Nacional, da Globo, no dia da morte do papa Francisco Imagem: Reprodução/TV Globo

O Jornal Nacional, exibido das 20h30 até 21h39, abriu a edição de hoje com o cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell fazendo o comunicado da morte do papa. Em seguida, o telejornal trouxe uma escalada indicando que o jornalístico seria todo dedicado à vida do pontífice.

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O primeiro bloco do telejornal apresentado por William Bonner e Renata Vasconcellos teve 16 minutos dedicados à notícia da morte do papa. A repórter Ilze Scamparini trouxe diretamente da Itália uma reportagem sobre os feitos do papa no cargo, os desdobramentos da notícia da morte no Vaticano e como será o funeral.

Com tempo de 1 minuto e 30 segundos, o repórter Raphael Sibilla ainda entrou ao vivo de Buenos Aires. Ele reportou como o país de origem do papa lidou com a perda do líder do Vaticano.

A segunda parte do Jornal Nacional investiu 15 minutos de material com políticos repercutindo a morte de Francisco. Com a repórter Zileide Silva, diretamente de Brasília, o telejornal mostrou declarações do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e de nomes do Congresso Nacional lamentando a partida do pontífice.

O repórter Rodrigo Carvalho, diretamente de Londres, fez participação no jornal com declarações de personalidades políticas como Emmanuel Macron (presidente da França), Vladimir Putin (presidente da Rússia), Volodymyr Zelensky (presidente da Ucrânia), entre outros. O jornal encerrou o segundo bloco com um material de quatro minutos explicando quem são os sete nomes do Brasil que podem concorrer ao posto de papa no lugar de Francisco.

Na terceira e última parte, o Jornal Nacional veio com conteúdo de esporte, dando destaque à ginasta Simone Biles em premiação de atleta do ano. Em seguida, porém, uma matéria de quase cinco minutos marcou a volta do tema do papa Francisco com suas viagens pelo mundo e as ações sociais em prol dos mais necessitados.

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Além disso, uma reportagem especial contou, em detalhes, como foi a passagem de Francisco pelo Brasil, em 2013, na Jornada Mundial da Juventude. Por mais 3 minutos, o jornalístico trouxe uma carta assinada pelo pontífice sobre como gostaria de ser velado e fez o encerramento com o tradicional minuto de silêncio. A estreia de uma série especial do JN para homenagear os brasileiros nos 60 anos da Globo foi transferida para terça-feira, em virtude da morte do papa.

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