'Homem com H': Ney Matogrosso pode ser 'papel da vida' de Jesuíta Barbosa
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O filme "Homem com H" estreia em 1º de maio e pode ser a grande oportunidade da carreira de Jesuíta Barbosa. A avaliação é do crítico de cinema Vitor Búrigo, no Plano Geral desta quarta-feira.
Ele [Jesuíta Barbosa] sempre se destacou no cinema, mas este é um papel emblemático. Pode ser o papel da vida dele.
Vitor Búrigo
No filme, Jesuíta interpreta o cantor Ney Matogrosso em diferentes fases de sua carreira. "É uma estreia aguardadíssima", avalia o jornalista. "Um dos filmes mais esperados do ano".
A cinebiografia é um gênero que costuma fazer sucesso no Brasil, e esse filme pode fazer o cinema nacional se manter nessa "leva de sucessos" após "Ainda Estou Aqui" e "Vitória". "Ele pode continuar levando o público brasileiro aos cinemas para ver filmes brasileiros. A gente sabe que chama a atenção; essa curiosidade de ver a história de um artista, porque o brasileiro gosta de uma fofoca", brinca Búrigo.
O filme tem tudo para continuar nosso diálogo com um grande público. Estamos em uma temporada boa. Espero que Ney seja esse grande lançamento que vai puxar as pessoas aos cinemas.
Flávia Guerra, também no Plano Geral
Oscar retoma discussão longa e antiga sobre dublês
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou na última semana que, a partir de 2027, o Oscar terá pela primeira vez a categoria de melhor direção de dublês. Uma novidade "muito interessante" para a indústria, avalia Vitor Búrigo.
Flávia Guerra diz que a discussão pode até não fazer tanto sentido no Brasil, que produz poucos filmes de ação, mas "faz todo o sentido" nos Estados Unidos. "O cinema americano toma essa fatia, porque faz [esses filmes] muito bem e há muito tempo. Lá, dublê é essencial", diz.
"Essa discussão dos dublês é longa e antiga. Acho incrível e bacana que tenha [essa categoria]; o cinema ganha", afirma a jornalista Flavia Guerra. "Cada vez mais há essas categorias que destacam esses profissionais, que às vezes não ganham os holofotes que mereciam", completa Búrigo.
'O Agente Secreto' deve levar ditadura para Cannes
Depois do sucesso de "Ainda Estou Aqui", filme que retrata a prisão do deputado Rubens Paiva durante a ditadura militar, um novo longa brasileiro é capaz de manter o tema da política brasileira em voga no mundo do cinema.
"O Agente Secreto", filme de Kleber Mendonça Filho, narra um professor (Wagner Moura) que, em 1977, decide fugir de seu passado violento e misterioso. Ele se muda então para Recife com a intenção de recomeçar —mas começa a ser espionado pelos vizinhos.
O filme foi escolhido para a lista de concorrentes do 78º Festival Anual de Cinema de Cannes, que ocorre em maio. "Não vou dizer que surpreendeu, porque já esperávamos e torcíamos para esse nome estar na lista", expõe Vitor Búrigo. "Estamos ansiosos. É uma expectativa muito alta".
Flavia Guerra, que acompanhará o festival, diz que o diretor "tem uma visão muito política" e deve retratar isso na história. "Com certeza vai trazer as questões da ditadura militar. Ele até comentou que 1977 foi o ano em que ele realmente começou a se lembrar e observar a história e ter uma consciência do Brasil onde ele estava. E essa década foi muito dura, já tinha o AI-5", completa ela.
Esse clima político do Brasil com certeza estará no filme, sendo Kleber quem é. O cenário do Brasil e a gente falando da nossa historia continua em pauta nos cinemas e nos festivais internacionais.
Flavia Guerra
Apresentado por Flavia Guerra e Vitor Búrigo, Plano Geral é exibido às quartas-feiras, às 11h, no canal de Splash no YouTube e na home do UOL, com as principais notícias sobre cinema e streaming. Você pode ainda ouvi-lo no Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts.
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