'Privilégio do branco': por que Camilla usou vestido preto ao visitar papa

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A rainha Camilla escolheu um vestido preto para cumprimentar o papa Francisco na última quarta-feira. A cor do visual não foi escolhida à toa, mas para cumprir um protocolo.
Diferentemente de outras rainhas e princesas, Camilla não pode usar roupa branca na presença do papa.
O que aconteceu
O "privilégio do branco", uma tradição da Igreja, determina que apenas rainhas e princesas católicas podem usar roupa branca em encontros com o papa. O protocolo indica que apenas aquelas com essa permissão podem usar branco em ocasiões que envolvem o papa, como audiências privadas, canonizações, beatificações e missas. Camila é anglicana. E Charles lidera a Igreja da Inglaterra, que se separou da Igreja Católica em 1534. A Igreja da Inglaterra é considerada a igreja-mãe da Comunhão Anglicana.
Hoje, apenas sete mulheres no mundo podem usar branco na presença do papa. São elas a princesa Charlene de Mônaco, a rainha Mathilde da Bélgica, a rainha Letizia da Espanha, a grã-duquesa Maria Teresa de Luxemburgo e a princesa Marina de Nápoles, além de outras duas rainhas cujos maridos não estão mais no poder, a rainha Sofia da Espanha e a rainha Paola da Bélgica.

Isso não significa que elas precisam necessariamente usar branco. Apesar de geralmente optarem pela cor, essas rainhas e princesas já escolheram outros tons para encontrar com o papa, como o preto, assim como a rainha Camilla.
As mulheres que não têm o "privilégio do branco" também não precisam vestir só preto. Esse era um protocolo antigo, que já não é mais seguido por outras rainhas e princesas. Em 2014, por exemplo, Elizabeth 2ª optou por um conjunto lilás para encontrar o papa Francisco. Em 2017, a então duquesa Camilla usou um vestido bege.

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