'The Handmaid's Tale' voltou! Veja 5 dicas de livros para quem ama a série

A sexta e última temporada de "The Handmaid's Tale" chegou ao streaming nesta semana. Fenômeno mundial, a série é baseada em um livro de mesmo nome, escrito pela autora canadense Margaret Atwood.

Para quem é fã da obra, Splash traz cinco dicas de livros distópicos que não só bagunçam a cabeça, mas também trazem reflexões muito importantes.

"Os Testamentos", de Margaret Atwood (Rocco, tradução de Simone Campos)

Luiza Stevanatto - Já está com saudades de "The Handmaid's Tale"? Não se preocupe, porque a série derivada "Os Testamentos" já está em produção. O livro se passa 15 anos depois de "O Conto da Aia" e mostra que o regime teocrático de Gilead ainda existe, mas já dá sinais de enfraquecimento.

A história é traçada a partir de três mulheres: uma filha de Comandante que vive em Gilead, uma canadense que leva uma vida normal e protesta contra os horrores de Gilead e outra, que fez parte da construção de Gilead e guarda muitos segredos que podem destruir o regime por dentro.

A continuação não tem a narrativa poderosa do primeiro, é verdade. Mas serve para conhecer um pouquinho mais da distopia criada por Atwood.

"1984", de George Orwell (Companhia das Letras, tradução de Heloisa Jahn e Alexandre Hubner)

Fernanda Talarico - Não dá pra evitar pensar que esse livro era para ser uma distopia e, no fim, está cada vez mais próximo de ser uma realidade. Uma obra bastante complexa, que te mantém imersa a todo tempo, "1984" é um romance distópico de George Orwell que se passa em um futuro totalitário, onde a população é vigiada constantemente pelo Grande Irmão. O livro denuncia o autoritarismo e a manipulação da verdade.

Recomendo o excelente audiobook recém-lançado pela Audible, com vozes de Lázaro Ramos, Alice Carvalho, Mateus Solano e Milhem Cortaz.

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"Eu que Nunca Conheci os Homens", de Jacqueline Harpman (Dublinense, tradução de Diego Grando)

Luiza Stevanatto - Essa obra de 1995 caiu no gosto da geração Z após bombar no TikTok e tem tudo a ver com "O Conto da Aia". O livro é narrado por uma garota que foi criada com outras 39 mulheres em uma jaula, em um porão, monitorada o tempo todo por guardas.

Elas sequer sabem como chegaram ali. Quando escapam, encontram um lugar totalmente diferente do que conheciam e começam a formar a própria civilização, enquanto a narradora precisa lidar com o fato de que não conhece outra vida que não seja no porão e precisa aprender a viver.

"Fahrenheit 451", de Ray Bradbury (Biblioteca Azul, tradução de Cid Knipel)

Fernanda Talarico - "Fahrenheit 451", romance distópico de ficção científica soft escrito por Ray Bradbury (1920-2012), foi publicado em 1953, durante os primeiros anos da Guerra Fria. O livro, uma crítica à crescente sociedade americana disfuncional, retrata um futuro onde livros são proibidos, opiniões próprias são consideradas antissociais e o pensamento crítico é suprimido. O protagonista, Guy Montag, é um "bombeiro" cuja função é queimar livros.

O título, "Fahrenheit 451", refere-se à temperatura de combustão do papel (233 graus Celsius). Embora o romance tenha sido interpretado como uma crítica à supressão de ideias dissidentes, Bradbury afirmou que o foco da obra é a destruição do interesse pela leitura através da televisão. "Fahrenheit 451" é um livro assustador, mas agradável de ler.

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Trilogia Jogos Vorazes, de Suzanne Collins (Rocco, tradução de Alexandre D'Elia)

Luiza Stevanatto - Essa trilogia, que também já foi adaptada para as telas com Jennifer Lawrence no papel principal, tem alguns pontos em comum com "O Conto da Aia": por exemplo, também se passa em uma América do Norte distópica, pós-guerras e destruição, chamada agora de Panem. Também traz uma protagonista forte, Katniss Everdeen.

A história gira em torno dos Jogos Vorazes, um reality show anual promovido pela "Capital", a elite de Panem, em que cada distrito (ou seja, as regiões do país que abastecem a Capital por meio de trabalho braçal) deve ceder uma menina e um menino entre 12 e 18 anos para entrar em uma arena para lutar. Vence quem sobreviver.

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