'Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça' expõe reais culpados de tragédia
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"Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça" (Max) estreou há cerca de um mês e segue em alta pela sua capacidade de reprodução de uma fatalidade que impactou vários brasileiros.
Em quatro episódios, a minissérie retrata a tragédia do Réveillon de 1988 no Rio de Janeiro, que matou 55 pessoas após o naufrágio da embarcação Bateau Mouche 4.
"Essa série traz várias investigações, apontando os culpados e a negligência", resume o crítico de cinema Vitor Búrigo. "Foi uma tragédia praticamente anunciada. Muitas pessoas embarcaram e não deu certo. Muitos perceberam isso antes mesmo de embarcar, e a série traz os verdadeiros culpados", completa.
Foi um caso que marcou muito o Brasil
Vitor Búrigo
O jornalista diz que a produção também tem "momentos pesados" e histórias de familiares que perderam entes queridos na embarcação. "Tem depoimentos muito tristes e outros mais jornalísticos", explica. "Mostra esses bastidores e como foi 'deixar' isso acontecer. É bem interessante".
Parceria entre Netflix e Cinemateca levanta debate
A Netflix pegou alguns espectadores de surpresa ao fechar uma parceria com a Cinemateca Brasileira. Com isso, ela destinará um patrocínio cultural de R$ 5 milhões para um projeto de restauração do complexo através da Lei Rouanet.
A parceira levantou discussões "muito importantes e interessantes", afirma o crítico de cinema Vitor Búrigo. Flavia alerta que a parceria não é algo inédito, algo parecido ocorreu na França em 2018, quando a plataforma de streaming começou a apoiar a cinemateca francesa.
Eu vejo com bons olhos a parceria público-privada, e o debate tem que estar sempre aberto, para vermos com sobriedade esse tipo de parceria. Jamais vamos isentar o governo de sua responsabilidade de olhar para a cinemateca, mas ela em si já é uma parceria público-privada.
Flavia Guerra
Maria Dora Mourão, diretora-geral da Cinemateca, também defende a preservação da memória através da lei e do apoio da empresa privada. "Tudo custa milhões, e o governo público não consegue arcar. Então, que o privado entre, sim, através das leis. Porque o privado entra, através da Lei Rouanet, e o dinheiro que ele transfere se transforma em público", explica em entrevista ao Plano Geral.
Foi muito bom. Não só pelo fato de ter mais um apoiador --um apoiador de peso e importante--, mas porque a Netflix não é só uma apoiadora econômica e financeira; mas [ajuda] na divulgação do trabalho da Cinemateca. A Netflix é da nossa área [do cinema], e esse é um casamento muito importante.
Maria Dora Mourão, diretora-geral da Cinemateca
A Netflix pegou alguns espectadores de surpresa ao fechar uma parceria com a Cinemateca Brasileira. Com isso, ela destinará um patrocínio cultural de R$ 5 milhões para um projeto de restauração do complexo através da Lei Rouanet.
A parceira levantou discussões "muito importantes e interessantes", afirma o crítico de cinema Vitor Búrigo. Flavia alerta que a parceria não é algo inédito, algo parecido ocorreu na França em 2018, quando a plataforma de streaming começou a apoiar a cinemateca francesa.
Eu vejo com bons olhos a parceria público-privada, e o debate tem que estar sempre aberto, para vermos com sobriedade esse tipo de parceria. Jamais vamos isentar o governo de sua responsabilidade de olhar para a cinemateca, mas ela em si já é uma parceria público-privada.
Flavia Guerra
Maria Dora Mourão, diretora-geral da Cinemateca, também defende a preservação da memória através da lei e do apoio da empresa privada. "Tudo custa milhões, e o governo público não consegue arcar. Então, que o privado entre, sim, através das leis. Porque o privado entra, através da Lei Rouanet, e o dinheiro que ele transfere se transforma em público", explica em entrevista ao Plano Geral.
Foi muito bom. Não só pelo fato de ter mais um apoiador --um apoiador de peso e importante--, mas porque a Netflix não é só uma apoiadora econômica e financeira; mas [ajuda] na divulgação do trabalho da Cinemateca. A Netflix é da nossa área [do cinema], e esse é um casamento muito importante.
Maria Dora Mourão, diretora-geral da Cinemateca
'Salomé' é puro suco do cinema contemporâneo
Apresentado com destaque no 20° Panorama Internacional Coisa de Cinema, "Salomé" é um filme que resume o cenário do audiovisual contemporâneo e dos jovens realizadores no Brasil. A avaliação é do crítico de cinema Vitor Búrigo, durante o Plano Geral desta quarta-feira (9).
O filme de André Antônio acompanha Cecilia, uma jovem que volta para Recife para passar as festas de final de ano com a mãe. Durante essa viagem, ela reencontra um vizinho que a faz conhecer uma seita onde glorificam a figura de Salomé, uma princesa bíblica.
O longa é uma mistura de romance cheio de camadas com um "neofuturismo LGBT+", afirma a jornalista Flavia Guerra. "É o cinema jovem de hoje; tem humor e não se leva a sério demais", explica. "Fiquei encantado, amei. Achei incrível, a direção de arte, atuação, o elenco. Essa brincadeira com a fantasia. Entrei nesse universo e na loucura deles", completa Vitor Búrigo.
É o puro suco do cinema contemporâneo do Brasil. É jovem e as pautas estão lá.
Flavia Guerra
O filme, que também foi vencedor do 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, ainda não tem data de estreia nos cinemas brasileiros. Apesar disso, Vitor garante que o longa vale a pena: "O final é apoteótico".
Apresentado por Flavia Guerra e Vitor Búrigo, Plano Geral é exibido às quartas-feiras, às 11h, no canal de Splash no YouTube e na home do UOL, com as principais notícias sobre cinema e streaming. Você pode ainda ouvi-lo no Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts.
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