Viola Davis 'briga melhor que Bruce Willis' em 'G20', brinca diretora

Viola Davis, 59, aparece como nunca vimos antes no filme "G20". É o que garante a mexicana Patricia Riggen, diretora do longa disponível no Prime Video.

Cenas de ação

Viola interpreta Danielle Sutton, presidente dos Estados Unidos, em cenas de ação que incluem lutas e piruetas. Durante uma viagem à cúpula do G20, na África do Sul, os 20 líderes das maiores economias do mundo são surpreendidos por um golpe global —que combina violência e deep fake— orquestrado por um investidor de criptomoedas, interpretado por Antony Starr, com o objetivo de derrubar a economia mundial e se enriquecer.

Após o ataque, apenas Sutton e o premiê britânico escapam do salão, mas cabe a ela liderar a estratégia para salvar os líderes detidos, o planeta e sua própria família —que também está em perigo, especialmente seus filhos adolescentes. Sutton recorre à experiência militar dos tempos de guerra para tentar virar o jogo.

Viola, obviamente, com seus Oscars e todos os seus prêmios, é uma mulher que tem uma profundidade tremenda na forma como encara os momentos e seus personagens. Mas nunca a tínhamos visto assim. Alguém que briga melhor que Bruce Willis nos filmes. Então é uma mistura de Sylvester Stallone com Bruce Willis e Harrison Ford. Tudo isso com uma performance de Oscar. É algo espetacular.
Patricia Riggen

A diretora conta que a cena mais difícil de filmar foi a última, em que há um confronto em um helicóptero. "Definitivamente, foi a última. É um helicóptero real, não é de efeitos visuais. É como se fosse um ônibus que você tem que girar e fazer se mover, não só horizontalmente, mas também verticalmente, e que se mova sobre uma plataforma. Tudo isso com os atores dentro. Isso fez dessa cena a mais difícil de todas, mesmo que pareça fácil."

Viola Davis e Patricia Riggen durante visita ao Rio de Janeiro para divulgar 'G20'
Viola Davis e Patricia Riggen durante visita ao Rio de Janeiro para divulgar 'G20' Imagem: Amanda Melo/Prime Video

Drama familiar

"G20", no entanto, quer ir além das sequências de ação. Era um desejo da própria Viola que o longa também emocionasse, conta Patricia para Splash. "Viola eleva tudo a outro patamar. Normalmente, em um filme de ação, não importa tanto o personagem nem a história, mas para a Viola isso era importante. Então precisávamos trabalhar com ela, entender quem era essa pessoa, o que estava em seu coração, quais eram seus medos, suas inseguranças."

A diretora lembra as trocas de mensagens e idas à casa da atriz durante o final de semana para falar do roteiro quando Viola "não encontrava as informações que precisava o roteiro". "Houve improvisos da Viola. Eu anotava tudo e, de repente, ela aparecia com uma coisa, com uma ideia muito forte, poderosa e bonita, que está em uma das cenas em que ela está com o primeiro-ministro da Inglaterra, quando confessa o que há por trás da fotografia que tiraram dela e o que aquilo realmente significou para ela. Isso foi algo que a Viola descobriu da personagem e que depois passou a nortear todo o arco dela".

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Além de ter esse lado interno da personagem principal, também demos a ela uma história familiar. Porque o que é melhor do que ter que salvar sua família durante o filme, né? Então também são muitas histórias em uma só.
Patricia Riggen

Abrindo caminhos

"G20" apresenta uma heroína negra dirigida por uma cineasta mexicana. Patricia é enfática ao reforçar a importância da representatividade. "Para mim, é o mais importante, porque tem que mudar a percepção, tem que abrir os espaços, tem que quebrar os esquemas."

A sociedade norte-americana ainda está muito atrasada, e a indústria de Hollywood também está muito atrasada. De verdade. O patriarcado não solta os espaços para as mulheres de determinada idade, para as mulheres negras, para as mulheres em geral. Então, temos que pegá-los. E, nesse sentido, a Viola pega para si ao ser produtora, ninguém ofereceu a ela. E me deu a oportunidade de dirigi-la.
Patricia Riggen

E, se depender da diretora, "G20" pode ganhar uma continuação gravada no Brasil —com Viola Davis ao lado de outra vencedora do Oscar, Fernanda Torres. "Já vim viajar e passear no Brasil. Mas ainda não rodei um filme aqui."

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Viola Davis e Fernanda Torres posaram juntas nos bastidores do Globo de Ouro
Viola Davis e Fernanda Torres posaram juntas nos bastidores do Globo de Ouro Imagem: Christopher Polk/GG2025/Penske Media via Getty Images

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