Gal Costa: como foi audiência de homem que diz ter trabalhado sem salário

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A Justiça do Trabalho realizou a primeira audiência do caso envolvendo Ed Wilson Aparecido, homem que alega ter trabalhado para Gal Costa (1945-2022) e a viúva, Wilma Petrillo, sem receber salário. A defesa nega o vínculo empregatício.
Homem cita acordo
Suposto funcionário afirmou em depoimento ao TJ que havia um acordo para receber R$ 2.250 por mês, mas que valor nunca foi pago. Ele diz que trabalhou na residência da artista de fevereiro de 2019 a agosto de 2022.
A rotina incluía serviços domésticos como limpeza da casa e banheiros, jardinagem, levar Gal Costa para fazer compras e, ocasionalmente, lavar carros. Ed Wilson também relatou dependência financeira da esposa, que trabalhava na casa e recebia um salário de R$ 4.500 mensais.
Ele afirmou que, por mais de um ano antes do falecimento de Gal Costa, nem ele nem sua esposa receberam salários. Em um período, ele disse receber apenas o valor da gasolina por meio da irmã de Wilma. O homem diz que parou de prestar serviços cerca de 3 a 4 meses antes da morte de Gal.
Defesa nega vínculo profissional

Wilma Petrillo, inventariante do espólio de Gal Costa —e também ré na ação—, negou qualquer relação de trabalho com Ed Wilson. Em depoimento, a empresária afirmou que o homem apenas frequentava a residência para buscar a esposa.
Ela também relatou que Ed levava as roupas dele e da mulher para serem lavadas na casa delas.
O que dizem as testemunhas

Um auxiliar de limpeza afirmou que via o homem no imóvel aos sábados e durante a semana, geralmente chegando por volta das 8h. Ele disse ter presenciado Ed saindo com Gal e Wilma algumas vezes, mas não soube dizer de quem era o carro.
Uma assistente administrativa, que trabalhou com Gal entre 2012 e 2020, relatou que já encontrou o homem aspirando a casa, limpando janelas e fazendo comida. Ela também disse que, em sua função, pagava o salário da esposa de Ed, mas não se recordava em relação ao autor do processo.
Quais os próximos passos
A Justiça vai solicitar informações à Uber sobre um eventual cadastro do homem na plataforma e, em caso positivo, o relatório das viagens realizadas durante o período em que ele alega ter trabalhado para a cantora. Uma nova audiência foi marcada para o final de abril de 2025. Ainda não há uma previsão de desfecho para a disputa.
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