Médicos em 'História de Amor', atores morreram cedo da mesma doença

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Em "História de Amor" (Globo), Buza Ferraz e Fábio Junqueira interpretaram os médicos Marcos e Fabrício, respectivamente. Ambos os atores morreram em decorrência da mesma doença: câncer. Um teve leucemia, e o outro, câncer no cérebro.
O que aconteceu com Buza Ferraz
Buza Ferraz, intérprete de Marcos em "História de Amor", começou a carreira em 1972. Natural do Rio de Janeiro, Alberto Paulo Ferraz (como era seu nome de batismo) estreou em "Selva de Pedra", de Janete Clair.
Em 1974, interpretou na novela "O Rebu" Cauê, personagem mais marcante de sua carreira. No folhetim de Bráulio Pedroso, Cauê era a grande paixão de Conrad Mahler, o primeiro protagonista homossexual entre as novelas brasileiras, interpretado por Ziembinski.

Já diagnosticado com leucemia (câncer que atinge os glóbulos brancos), Buza fez "Páginas da Vida" (2006) e se mostrou chateado com o papel. Na pele de Ivan Monteiro na novela de Manoel Carlos, ele era genro de Tarcísio Meira e Glória Menezes. Do meio para o fim da trama, porém, seu personagem perdeu espaço.
Com a morte do Gustavo (Antônio Calloni) e o Bira (Eduardo Lago) indo para o alcoolismo, o meu personagem acabou ficando meio fora do ar, não sei o que houve. Há duas semanas ele apareceu, mas estava com outro perfil. Mas sei que é assim mesmo: alguns personagens às vezes aparecem mais, às vezes menos Buza Ferraz, ao jornal O Globo, em 2006

Buza Ferraz morreu em 2010, aos 59 anos, após lutar contra a doença por uma década. Dois anos depois de sua última aparição na TV, em "Malhação", o ator foi levado ao Hospital Samaritano após um mal súbito. Durante a internação sofreu três paradas cardíacas e não resistiu.
O que aconteceu com Fábio Junqueira
Intérprete do médico Fabrício em "História de Amor", Fábio Junqueira foi professor de teatro. Cria dos palcos, fez parte de importantes grupos durante a ditadura militar e esteve em diversas montagens reconhecidas, como "Adorável Júlia" e "O Mercador de Veneza".
Estreou nas novelas em "Marina", exibida pela Globo em 1980. Também esteve em dezenas de outros folhetins da emissora. "Ciranda de Pedra", "Vale Tudo", "Meu Bem, Meu Mal", "Malhação", "Quatro por Quatro", "Torre de Babel", "Chiquinha Gonzaga", "O Clone", "O Quinto dos Infernos" e "Mulheres Apaixonadas" são os principais exemplos.

Junqueira também foi assistente de direção de novelas, incluindo "História de Amor". Como diretor, assistente ou de núcleo, trabalhou em "Anjo de Mim", "Corpo Dourado", ambas da Globo, além de "Roda da Vida", "Essas Mulheres", "Cidadão Brasileiro", todas da Record.
Dirigiu "Escrava Isaura" (2004), última novela em que esteve frente às câmeras também como ator. Seu trabalho de despedida, contudo, foi "Luz do Sol" (2007), como diretor.
Fábio Junqueira foi internado com um edema cerebral em julho de 2008. Nessa ocasião foi diagnosticado com câncer no cérebro e, por seu estado delicado, permaneceu na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro.

O ator morreu aos 52 anos em novembro de 2008. De acordo com nota do hospital, a morte ocorreu em decorrência de complicações do câncer cerebral.
Fábio era pai do também ator Caio Junqueira e padrasto de Jonas Torres, 50. Caio morreu após grave acidente em 2019 e sua mãe, viúva de Fábio Junqueira, faleceu dez meses depois.

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