Geisy Arruda acusa ex de violência psicológica: 'Ele me manipulou'

Geisy Arruda conseguiu, nesta segunda-feira (17), uma medida protetiva contra o ex-namorado, o fotógrafo Rodrigo Adão. Ela afirma que foi vítima de violência psicológica e patrimonial. Procurado pela reportagem, Adão não se manifestou.

Em entrevista para Splash, Geisy detalhou as agressões verbais e o que chamou de "comportamento manipulador".

Geisy conheceu Rodrigo no aeroporto e, após uma relação casual, diz que foi pressionada por ele a assumir um relacionamento. Ele trabalhava como paparazzo no Santos Dumont quando os dois se conheceram. Ela diz que foi "manipulada" pelo fotógrafo, que teria provocado ciúmes nela com uma ex-namorada, até ser convidado a morar na casa de Geisy, em São Paulo.

Segundo Geisy, em dezembro, Rodrigo se mudou de "mala e cuia" para sua casa. "Ele falou: 'Eu quero construir uma vida com você. Você é a mulher da minha vida.' [...] Eu achava que tinha encontrado o homem da minha vida."

Ela diz que passou a mantê-lo em sua casa, em São Paulo, mas pagando as despesas dele no Rio, além de ajudá-lo com outros gastos. Geisy afirma que pagou roupas, sapatos, uma cirurgia odontológica, a pensão da filha de Rodrigo e uma advogada para que ele pudesse se defender em um caso de pensão alimentícia. Ela estima que gastou cerca de R$ 20 mil com o ex.

Ele falava: 'A gente tem duas casas, a do Rio e a de São Paulo'. Mas era mentira, porque a casa de São Paulo era minha, a do Rio eu que mantinha. Assim, ele me manipulava.
Geisy Arruda

Ao longo do relacionamento, ela passou a perceber sinais de possessividade e ciúmes. Rodrigo teria tentado afastar Geisy da família e de seu empresário, além de ter insistido para que a influenciadora demitisse o jardineiro e o eletricista. Ela afirma que, ao longo do relacionamento, também foi traída por Rodrigo.

Segundo Geisy, Rodrigo controlava suas roupas e até os remédios que ela tomava. Geisy diz que deixou de usar as roupas que gostava para agradar o então namorado e que ele vigiava se ela estava tomando anticoncepcional, porque queria engravidá-la.

Eu estava perdendo a minha personalidade. É como se eu estivesse deixando de ser eu para agradá-lo.
Geisy Arruda

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Geisy diz que expulsou Rodrigo de casa em uma ocasião em que ele teve uma crise de ciúmes e começou a beber. Segundo ela, o fotógrafo se incomodou após ela, que produz conteúdo para plataformas como o OnlyFans e Privacy, publicar uma foto do bumbum nas redes sociais. Ele também teria tomado o celular dela e vasculhado conversas e mensagens.

Ele me xingou de todos os nomes que você pode imaginar, de p*ta, vagabunda suja para baixo. Ele falou para mim que os meus pais iriam morrer, que meu cachorro iria morrer. 'Você vai ficar sozinha, seca, ninguém vai te querer. Só eu te amo.'
Geisy Arruda

Ela afirma que, temendo sofrer uma agressão física, expulsou Rodrigo de casa. Geisy comprou uma passagem de ônibus para o Rio de Janeiro, fez a mala do fotógrafo e, desde então, não se encontrou mais com ele pessoalmente. "Eu estava morrendo de medo, peguei meu cachorrinho e escondi no quarto de hóspedes. [...] Como ele disse que meu cão ia morrer, eu pensei: 'Meu Deus, ele vai chutar meu cachorro'".

Geisy decidiu fazer a denúncia após entrar em contato com uma advogada. Em nota, a advogada de Geisy afirma que espera "o cumprimento da lei, permitindo que a vítima possa reconstruir a vida com segurança e dignidade. Veja trecho abaixo:

Diante dos fatos, foi lavrado um boletim de ocorrência. Anexadas as provas, a Delegacia de Defesa da Mulher, com eficiência e sensibilidade, encaminhou o caso imediatamente ao Tribunal de Justiça. A resposta foi rápida: a medida protetiva de urgência foi expedida, fundamentada na Lei Maria da Penha.

Em recente matéria divulgada, o agressor tentou desqualificar a vítima, alegando que ela estaria "amargurada". Essa estratégia não nos surpreende. Trata-se do discurso típico dos agressores, que buscam inverter os papéis e descredibilizar quem os denuncia. Não aceitaremos essa narrativa. Todas as medidas judiciais continuarão sendo adotadas.

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Confiamos na atuação das autoridades policiais e no compromisso do Judiciário em garantir o cumprimento da lei, permitindo que a vítima possa reconstruir sua vida com segurança e dignidade.

Geisy, com coragem e determinação, tem compartilhado sua história com o objetivo de encorajar outras mulheres que enfrentam situações semelhantes à vivida por ela nos últimos meses, marcados por violência psicológica e patrimonial.

Rodrigo Adão respondeu ao contato de Splash por meio de áudios. Ele acusa Geisy de calúnia e difamação e nega ter agredido fisicamente a influenciadora. Geisy, por sua vez, já havia dito que não houve agressão física.

A gente teve uma briga em que ela mandou eu sair de casa porque eu falei que ela ia ficar velha, flácida, que a idade ia chegar, pra ela se cuidar. Agora apareceu uma outra coisa de agressão. Ela sabe muito bem que nunca agredi, nunca encostei a mão nela. [...] Eu já estou afastado dela há muito tempo [...] e vou entrar com calúnia e difamação por conta de muita coisa. Tudo que ela está falando, ela vai ter que provar.

Sobre a medida protetiva, eu tenho provas, testemunhas de que tô bem longe dela, bem distante, a página virou, minha vida segue bem, graças a Deus. A meu ver e de muitas pessoas, como ela tem um público masculino muito grande, agora ela quer conquistar o público feminino. Ela tá me usando pra isso, logo eu, um cara humilde, simples, não tenho nada. Mas a Justiça vai ser feita. Eu ia até deixar isso pra lá, mas as coisas passaram dos limites.
Rodrigo Adão

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