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Cacá foi diretor dos filmes 'Deus é Brasileiro' e 'Xica da Silva'; relembre

Um dos fundadores do Cinema Novo, Cacá Dieguez morreu, aos 84 anos, na madrugada desta sexta-feira (14). O cineasta era conhecido por traduzir em filmes a identidade social, política e cultural dos brasileiros. Foram quase 40 filmes entre curtas e longas.

Entre seus principais filmes estão "Cinco Vezes Favelas" (1961), "Deus é Brasileiro" (2003), "Xica da Silva" (1976) e "Ganga Zumba" (1964), exibido no Festival de Cannes. O diretor foi indicado três vezes à Palma de Ouro de Cannes com "Bye bye Brasil" (1980), "Quilombo" (1964) e "Um Trem Para As Estrelas" (1987).

Seu último filme, "O Grande Circo Místico", foi escolhido para representar o Brasil no Oscar 2019, mas não chegou à lista final.

Relembre suas principais obras

"Cinco vezes favela" (1962)

Diegues dirigiu "Escola de samba, alegria de viver", um dos cinco episódios deste que foi um marco do Cinema Novo. Entre os outros diretores, também estiveram na produção Marcos Farias, Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade e Leon Hirszman.

O título aborda os esforços de uma pequena escola de samba para desfilar no Carnaval, além dos conflitos entre seu líder e a mulher dele, envolvida em lutas sindicais.

"Ganga Zumba" (1964)

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Com Antônio Pitanga no papel-título, o filme retrata a vida do líder do Quilombo dos Palmares, Ganga Zumba. Baseado no livro homônimo de João Felício dos Santos, tem música de Moacir Santos e interpretação de Nara Leão.

O longa mostra o nordeste brasileiro, entre os séculos 16 e 17, quando alguns escravizados de um engenho de cana-de-açúcar tramam uma fuga para o Quilombo dos Palmares, uma comunidade de negros fugidos da escravidão, na Serra da Barriga. Entre eles, encontra-se o jovem Ganga Zumba, futuro líder daquela república revolucionária, a primeira de toda a América.

"Xica da Silva" (1976)

Na segunda metade do século 18, a escravizada negra Xica da Silva (Zezé Motta) torna-se o centro das atenções no Distrito Diamantino, onde estão as minas mais ricas do país. João Fernandes (Walmor Chagas), representante da Coroa Portuguesa, apaixona-se por Xica e a transforma na Rainha do Diamante, satisfazendo todos os seus desejos extravagantes. Alertado pelos inimigos do casal, o rei de Portugal manda um emissário a fim de impedir que cresça o poder de Xica na colônia.

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"Bye Bye Brasil" (1979)

Salomé (Betty Faria), Lorde Cigano (José Wilker) e Andorinha são três artistas ambulantes que cruzam o nordeste do Brasil com a Caravana Rolidei, fazendo espetáculos para camponeses, cortadores de cana, indígenas, etc., sempre fugindo da concorrência da televisão. A eles se juntam o sanfoneiro Ciço (Fabio Junior) e sua mulher Dasdô (Zaira Zambelli), com os quais a Caravana Rolidei atravessa a Amazônia até chegar a Brasília, vivendo diversas aventuras pelas estradas do país.

"Deus É Brasileiro" (2003)

Cansado de tantos erros cometidos pela humanidade, Deus (Antônio Fagundes) resolve tirar umas férias dela e descansar em alguma estrela distante. Antes, Ele precisa encontrar um substituto para ficar em Seu lugar e decide procurá-lo no Brasil. Seu guia na busca será o pescador Taoca (Wagner Moura). Juntos, eles rodarão o país em busca do substituto ideal. O filme é uma livre adaptação do conto "O Santo que não Acreditava em Deus", de João Ubaldo Ribeiro.

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"O Grande Circo Místico" - (2018)

O moderno musical brasileiro, O Grande Circo Místico, é um filme baseado no poema homônimo de Jorge de Lima, que originou as músicas escritas por Edu Lobo e Chico Buarque para um balé.

O filme conta a história de cinco gerações de uma mesma família circense desde a sua inauguração em 1910 agora. Por meio de Celavi (Jesuíta Barbosa), o mestre-de-cerimônias do Grande Circo Knieps que nunca envelhece, acompanhamos as aventuras e amores dos Knieps, do apogeu à decadência, até o surpreendente final, onde a realidade e a fantasia se encontram num universo místico.

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