Ministra da Cultura: 'Oscar chama a atenção para o cinema brasileiro'
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, celebrou a indicação de "Ainda Estou Aqui" ao Oscar durante participação no UOL News, do Canal UOL, nesta quinta-feira (23).
É uma notícia maravilhosa para todos nós brasileiros. Eu como cidadã, como artista e, claro, como ministra, temos que celebrar essa conquista. É uma conquista que eu vejo além do tema, da sensibilidade e da pouca exploração que tivemos. Ainda temos [pouca exploração] sobre esse assunto, que nos feriu muito como nação, como sociedade, que é a questão do momento da ditadura, a perseguição às pessoas. Margareth Menezes, ministra da Cultura
O longa é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015, e narra a história da mãe do escritor, que enfrenta a violência do regime militar depois da prisão e do desaparecimento do marido, o deputado cassado Rubens Paiva (Selton Mello), no início dos anos 1970.
Nesta quinta (23), "Ainda Estou Aqui" foi indicado nas categorias de melhor filme e melhor filme internacional (veja os concorrentes abaixo). Fernanda Torres, por sua vez, concorre na categoria de melhor atriz. A cerimônia do Oscar 2025 será realizada em 2 de março, em Los Angeles (EUA).
Ao Canal UOL, a ministra parabenizou a equipe e citou o momento de visibilidade com a indicação ao prêmio.
Aproveito para expandir os merecimentos a toda a equipe e dizer que isso abre possibilidades, fortalece muito o cinema nacional. Este é um momento de oportunidade muito grande que estamos tendo com esse filme, trazendo essa visão, chamando a atenção para o cinema brasileiro. Margareth Menezes, ministra da Cultura
Durante a conversa, o colunista do UOL Leonardo Sakamoto questionou sobre o que tem sido feito pelo governo Lula (PT) para fomentar a indústria do cinema no Brasil.
Nós estamos dando uma atenção bem potente [ao Ministério da Cultura], de injeção de orçamentos e de uma distribuição também. Então, é com esse foco que o ministério retoma... desde 2023 até 2024, nós já fizemos investimentos de quase R$ 4 bilhões no setor. Nós temos aí, esse ano, vão chegar a 230 produções cinematográficas brasileiras.
Abrimos mais salas de cinemas também. Foram mais de 90 salas até agora, inclusive em cidades onde não havia. A previsão é de abrir mais 40 este ano. Queremos abrir esse 'parque exibidor' para atrair mais possibilidades e exposição para toda essa produção que estamos investindo. Margareth Menezes, ministra da Cultura
Dan Stulbach: 'Indicação celebra cultura e talento nacional'
No UOL News, o ator Dan Stulbach, que faz parte do elenco, disse que a indicação ao prêmio celebra a cultura e o talento nacional e pode trazer visibilidade para o cinema brasileiro.
Eu estou emocionado [com a indicação do filme]. É um filme que celebra a humanidade e o talento de quem fez. Celebra a nossa história, a verdade, e o Brasil que a gente foi, que a gente é e o que a gente pode ser. Dan Stulbach, que participou do elenco do filme
Dan também comentou o clima nos bastidores das gravações.
A filmagem foi muito boa, porque ela era muito concentrada no trabalho, no dia a dia, principalmente por causa do Walter [Salles]. O Walter era um cara muito carinhoso, concentrado, talentoso. Foi dos filmes mais humanos e sinceros que eu já trabalhei.
Inclusive, a gente falava sobre isso, de que nós estávamos fazendo algo especial. Não tínhamos noção do Oscar, do Globo de Ouro, mas que aquela obra tinha uma força, que ela podia ir longe, era bonita, verdadeira, necessária e importante. Dan Stulbach, que participou do elenco do filme
Neto de Rubens Paiva: 'Um final feliz para uma tragédia'
Ainda durante o UOL News, Chico Paiva, neto mais velho do ex-deputado Rubens Paiva e de Eunice Paiva, disse que a retratação da história e a indicação de "Ainda Estou Aqui" ao Oscar, em 2025, é um final feliz para uma tragédia que começou lá atrás.
É uma emoção indescritível [ver a indicação do longa ao Oscar]. Acho que o país inteiro tem vibrado com o sucesso do filme e, para nós, ver a história da nossa família ser um símbolo da memória, do resgate que foi a luta contra a ditadura. É um final feliz para uma história que começou, uma tragédia, e muito nos honra, muito nos orgulha. Chico Paiva, neto de Rubens e Eunice Paiva
Chico é filho de Vera, a primogênita de Rubens e Eunice, retratados no filme.
Filme fala sobre regime militar
O longa é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015, e narra a história da mãe do escritor, que enfrenta a violência do regime militar depois da prisão e do desaparecimento do marido, o deputado cassado Rubens Paiva (Selton Mello), no início dos anos 1970.
Os filmes que concorrem com "Ainda Estou Aqui" são: "Anora", "O Brutalista", "Um Completo Desconhecido", "Conclave", "Duna: Parte 2", "Emilia Pérez", "Ainda Estou Aqui", "Nickel Boys", "A Substância" e "Wicked"
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