Ainda Estou Aqui é 5º brasileiro em melhor filme internacional; veja lista

O filme "Ainda Estou Aqui" levou o Brasil novamente ao Oscar na categoria de melhor filme internacional após 26 anos. Veja lista completa aqui.
A nomeação para a edição de 2025 ocorreu na manhã desta quinta-feira (23). Esta é apenas a quinta vez que um longa-metragem brasileiro foi selecionado a melhor filme internacional.
Conheça todos os filmes do Brasil indicados na categoria:
"O Pagador de Promessas" (1962): O longa de Anselmo Duarte, que rendeu ao Brasil sua única Palma de Ouro no Festival de Cannes, foi o primeiro filme que representou o país na categoria de melhor filme estrangeiro. Inspirado na peça homônima de Dias Gomes, ele foi rodado na Bahia e é estrelado por Leonardo Villar e Glória Menezes.
O filme narra a saga de Zé do Burro (Villar), que faz uma promessa após seu asno de estimação ser atingido por um raio. Depois da recuperação do animal, ele decide cumprir a promessa e carregar uma cruz de madeira do sertão até a Igreja de Santa Bárbara, em Salvador. Mas o padre não permite que ele entre na casa de Deus, provocando uma grande mobilização da comunidade local. O francês "Sempre Aos Domingos", de Serge Bourguignon, levou a estatueta para casa.

"O Quatrilho" (1995): Após o desmantelamento que sofreu no governo Collor (1987-92), o cinema brasileiro vivia sua retomada em 1996 e, após 12 anos, emplacou um filme na corrida ao Oscar, na categoria melhor filme estrangeiro. "O Quatrilho", de Fábio Barreto, baseado no romance homônimo de José Clemente Pozenato, conquistou projeção internacional e a tão sonhada indicação.
Estrelado por Glória Pires, Patrícia Pillar, Alexandre Paternost e Bruno Campos, o filme se passa em um vilarejo rural de imigrantes italianos no início do século 20, no Rio Grande do Sul. Amigos de longa data, os dois casais decidem morar na mesma casa. Só que o marido de uma (Bruno Campos) se apaixona pela mulher (Patrícia Pillar) do amigo. Eles decidem fugir e o casal que fica (Glória e Paternost) tem de encarar a situação com inteligência e astúcia, como no jogo de quatrilho.

"O Que É Isso, Companheiro?" (1997): Inspirado no livro homônimo de Fernando Gabeira, que ele escreveu em 1979, "O Que é Isso, Companheiro?" foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, além de ter disputado o Urso de Ouro do Festival de Berlim 1997.
Passado em 1969, o longa narra a história do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick por um grupo de jovens militantes de esquerda. Também com Fernanda Torres no elenco, "O Que É Isso, Companheiro?" ainda conta com Alan Arkin como o embaixador, Pedro Cardoso como Fernando Gabeira, além de Luiz Fernando Guimarães, Cláudia Abreu e até participação especial de Fernanda Montenegro, Othon Bastos e Milton Gonçalves.

"Central do Brasil" (1998): O Brasil fez uma de suas passagens mais marcantes da história no Oscar, mas perdeu o prêmio para "A Vida é Bela".
O melodrama protagonizado pelo pequeno Josué (Vinícius de Oliveira) e por Dora (Fernanda Montenegro). Walter Salles contou a história de um Brasil que buscava suas referências e enchia o peito de esperança após tantos anos de ditadura.

A performance de Fernanda Montenegro também lhe rendeu a indicação ao Oscar de Melhor Atriz. A brasileira perdeu o Oscar para Gwyneth Paltrow, que levou a melhor por "Shakespeare Apaixonado".

"Ainda Estou Aqui" (2024): Obra narra a história real de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres na juventude e Fernanda Montenegro na velhice) e sua busca pelo marido, Rubens Paiva (Selton Mello), vítima da ditadura militar. O ex-deputado foi levado por agentes da Aeronáutica em 20 janeiro de 1971 de sua casa no Rio de Janeiro à sede do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações — Centro de Operações de Defesa Interna) na capital fluminense.
Nenhuma das nomeações brasileiras venceu o Oscar de melhor filme internacional até hoje.
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