'Magistral': Jornal dos EUA exalta Fernanda Torres e cita Bolsonaro

"Ainda Estou Aqui" está sendo aclamada pela crítica especializada nos Estados Unidos. O filme estrelado por Fernanda Torres estreou nesta semana e teve 92% no Rotten Tomatoes, site agregador de críticas.
O Los Angeles Times, um dos maiores periódicos do país, publicou ontem uma crítica que classificou atuação de Torres como "magistral" e o governo de Jair Bolsonaro como "presidência repressiva".
O que aconteceu
Crítica do Los Angeles Times enalteceu atuação de Fernanda Torres. "Torres exala a coragem discreta de uma mulher incapaz e sem vontade de se render ao desespero com o passar dos dias e das semanas. Como pode ela, quando precisa criar os filhos e buscar justiça para o marido, que pode ainda estar vivo? Transmitindo uma contenção magistral, Torres faz com que as poucas explosões de Eunice pareçam contidas. Tão distante quanto possível do melodrama, sua atuação é de luto internalizado", diz texto.
E disse que mãe, Fernanda Montenegro, é 'lenda'. "A vitória de Eunice, testemunhada por Marcelo Paiva e ressuscitada por Torres (e, brevemente, pela lenda brasileira Fernanda Montenegro, mãe de Torres indicada ao Oscar), não se trata apenas de sobrevivência, mas de promover uma família unida na adversidade."
Jornal ainda classificou Bolsonaro como 'presidência repressiva'. "Atuações desse calibre sutil raramente são celebradas, mas a atitude despretensiosa de Torres provou ser inegável para quem a assiste. O fato de um filme como 'Ainda Estou Aqui' emergir do outro lado da presidência repressiva de Jair Bolsonaro e ser abraçado tanto no país quanto no exterior (é o filme de maior bilheteria do Brasil desde a pandemia) é uma prova da mão segura de direção de Salles que trata o assunto delicado com a seriedade que merece, ao mesmo tempo que destaca a humanidade em vez da brutalidade. Há uma elegância impressionante em suas imagens na forma como nos aproximam das pessoas, não dos horrores."
Jornal disse que é "retrato sofisticado da resistência". "Candidato ao Oscar de longa-metragem internacional, 'Ainda estou aqui destila brilhantemente um capítulo agonizante do passado recente de uma nação em um retrato sofisticado da resistência comunitária."
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