Deolane cita perseguição e desabafa sobre prisão: 'Ser ex-presidiária dói'

Deolane Bezerra voltou a falar sobre sua prisão em setembro de 2024, após se tornar alvo de uma operação que mirou uma quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro e de operar jogos ilegais no Brasil.

O que aconteceu

Bezerra fez uma live na noite desta sexta-feira (8) para mostrar documentos que, segundo ela, comprovam sua inocência. A advogada se manifestou dias depois de a Justiça de Pernambuco arquivar processo contra Gusttavo Lima, que se tornou alvo da mesma operação. Sem citar o sertanejo, a influenciadora destacou que a investigação contra ela ainda não foi arquivada.

Ela afirmou que foi "ridicularizada" em público, disse ser inocente e que acredita na Justiça. "Ainda estamos nessa luta tremenda. Mas eu confesso que acredito no Judiciário, mais ainda em Deus porque ele nunca soltou minha mão. Não é a primeira vez que sou ridicularizada em público. Foram 20 dias muito difíceis. Pior momento quando vi que não voltaria pra perto da minha mãe. Ser ex-presidiária dói ainda mais se foi por injustiça".

Bezerra explicou aquisição de uma Lamborghini Urus avaliada em R$ 3 milhões. O carro de luxo, que foi o pivô da prisão da famosa, foi parcelado em quatro vezes, segundo a advogada. "Como não posso comprar um carro de R$ 3 milhões se eu declarei R$ 33 milhões só em uma das [minhas] empresas?", questionou.

Na live, a influenciadora também admitiu que foi avisada sobre a operação contra ela e que chegou a ser aconselhada a se esconder. "Chegou informação para mim que teria operação, 0h23. 'Deolane vai ter operação, se esconde'. Invadiram minha casa 4h, me prenderam na frente da minha filha. Prisão preventiva. O que acontece que só a Deolane foi presa? Eu achei que ia chegar na delegacia e ia ter fila de influenciadores".

Ela afirmou que todas as suas transações financeiras foram devidamente declaradas às autoridades. Em relação à prisão da mãe, Solange Alves, Bezerra alegou que a matriarca de sua família foi detida porque seu filho, Kayky, jogava com o CPF da avó.

Entenda o caso

Influenciadora e a mãe foram presas no ano passado. As duas foram detidas durante a operação Integration, que tem o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.

Operação que prendeu Deolane trouxe à tona investigação que começou em 2022. A apuração indicou a migração de indivíduos associados ao jogo do bicho — que é ilegal no Brasil — para os jogos online, conforme explicou Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, secretário de Defesa Social-PE.

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Na época, ela teve R$ 34 milhões bloqueados pela Justiça e, segundo a investigação, teria aberto uma bet para lavar dinheiro. A casa de apostas foi inaugurada pela famosa em julho de 2024, com capital de R$ 30 milhões. Entretanto, segundo a investigação, a bet foi aberta com o intuito de lavar dinheiro de jogos ilegais.

Mãe da famosa teria sido usada no esquema. Solange teve R$ 3 milhões bloqueados pela Justiça. Conforme o Fantástico, em depoimento à polícia, ela teria dito que as movimentações financeiras são provenientes de publicidade. Entretanto, ela também teria afirmado "que não se recorda ou que desconhece" alguns valores.

Defesa de Deolane e Solange nega irregularidades. Desde as prisões em 2024, a defesa de mãe e filha afirmou que "mantém plena confiança na Justiça e que segue trabalhando incansavelmente pelo restabelecimento da liberdade [das duas], convicto de que suas inocências serão plenamente comprovadas.

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