William e Kate se preparam para assumir trono; como é a linha sucessória?

O príncipe William e sua esposa, Kate, adiantaram as preparações para, um dia, assumirem a liderança da realeza britânica. Pai de William, o rei Charles 3º foi diagnosticado com câncer de próstata e, segundo a revista People, a família trata o assunto com cautela.

Como é a linha sucessória?

Na linha de sucessão ao trono britânico, são levadas em consideração descendência, gênero, legitimidade e religião. Com a morte de Elizabeth 2ª, Charles — filho mais velho da rainha com o príncipe Philip, duque de Edimburgo —, assumiu o trono.

Agora, William é o primeiro na linha sucessória ao trono. Ele é seguido por seus três filhos: George, Charlotte e Louis, respectivamente.

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Imagem: Arte UOL

Harry, que também é filho de Charles, está atrás dos filhos de William. Ele abdicou de suas funções de membro da realeza no ano passado, mas mesmo assim segue na linha de sucessão.

Os filhos de Harry e Meghan Markle — Archie e Lilibet — são os próximos, respectivamente. Em seguida aparece Andrew, o segundo filho de Elizabeth 2ª.

Por que Harry ainda está na linha de sucessão?

De acordo com o site oficial da família real britânica, a sucessão ao trono é regulada não apenas por descendência, mas também pela legislação. Segundo a BBC, seria necessário um ato do parlamento britânico para remover uma pessoa da linha de sucessão.

Por isso, Harry continua na linha sucessória ao trono. O mesmo ocorre com Andrew, filho da rainha Elizabeth, que perdeu títulos da realeza depois de um processo em que foi acusado de agressão sexual. O caso culminou em um acordo extrajudicial.

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Andrew ainda está na linha oficial de sucessão, mesmo após ter perdido títulos militares e da realeza. O nome dele também está na lista disponível no site oficial da família real.

A base para a sucessão é determinada por dois documentos, "Bill of Rights" (em português, Declaração de Direitos), de 1689, e "Act of Settlement" (Ato de Liquidação), de 1701.

Além do mais, a Succession to the Crown Act (Lei de Sucessão à Coroa), de 2013, alterou as disposições da Declaração de Direitos e do Ato de Liquidação, a fim de acabar com o sistema de primogenitura masculina, em que um filho mais novo poderia substituir uma filha mais velha na linha de sucessão. A mudança entrou em vigor em março de 2015 e passou a valer para os nascidos após 28 de outubro de 2011.

E se Charles apenas se afastar?

A princípio, o rei pode delegar funções para os Conselheiros do Estado. Tradicionalmente, o grupo é formado pelo cônjuge do monarca e os quatro adultos seguintes na linha de sucessão: rainha Camilla, príncipe William, príncipe Harry, príncipe Andrew e princesa Beatrice.

No entanto, o conselho original se encontra desfalcado. Príncipe Harry abdicou de seus deveres reais ao romper com a coroa e se mudar para os Estados Unidos com Meghan Markle. O príncipe Andrew foi afastado de suas funções na monarquia em meio a acusações de abuso sexual, e a princesa Beatrice nunca teve função na coroa britânica. Assim, os únicos Conselheiros do Estado aptos seriam a rainha Camilla e o príncipe William.

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Em 2022, uma lei foi aprovada para acrescentar dois nomes à lista. Desde então, a princesa Anne e o príncipe Edward — ambos filhos da rainha Elizabeth — também fazem parte do conselho.

Caso o rei Charles 3º fique incapacitado, o príncipe William pode ser nomeado Regente. Essa não é uma decisão do rei Charles 3º. A regência é instaurada por decisão de três ou mais pessoas da seguinte lista: o cônjuge do rei, os dois chefes do Legislativo e os dois chefes do Judiciário.

Se Charles morrer, o que acontece com Camilla?

Bom, a ordem natural das coisas é que, com a morte de Charles, William se torne rei. Já Camilla ganharia um novo status na realeza: "rainha viúva", de acordo com a mídia britânica. É como Alicent, a rainha viúva da série "A Casa do Dragão".

Segundo o jornal The Mirror, o assunto já foi debatido internamente na família real. Ela seguiria status de outras rainhas viúvas, como aconteceu pela primeira vez com a rainha Adelaide, em 1837, com a morte do rei William 4º.

Vale ressaltar que Elizabeth Bowe-Lyon, mãe de Elizabeth 2ª, era chamada de "rainha mãe", desde que o rei George 6º morreu, cargo que Camilla não poderia ter, por não ser mãe do atual príncipe de Gales, William.

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E Kate?

Como William assumiria o cargo de rei, naturalmente, Kate Middleton se tornaria a rainha consorte da vez.

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