Conteúdo publicado há 1 mês

Deolane deixa cadeia após 5 dias presa e se revolta: 'Prisão criminosa!'

Deolane Bezerra, 36, deixou a Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife (PE), na tarde desta segunda-feira (9), após cinco dias presa. Ela foi detida, na última quarta-feira (4), em uma operação contra organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.

O que aconteceu

Deolane Bezerra deixou a penitenciária acompanhada das irmãs Daniele e Dayanne por volta das 15h (horário de Brasília). A influenciadora digital cumprimentou os fãs presentes no local e bradou que sua prisão é um ato de injustiça.

Foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade. Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada! Deolane, na saída da prisão

A Justiça de Pernambuco acatou o pedido de habeas corpus da defesa da influenciadora digital, na manhã desta segunda-feira (9). Por ter uma filha de oito anos e bons antecedentes, ela obteve o direito de ter a prisão preventiva convertida em prisão domiciliar e precisará usar tornozeleira eletrônica para ser acompanhada.

Solange Bezerra, a mãe da influenciadora digital, segue presa na Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no Recife (PE). Ela aguarda o avanço das investigações para prestar esclarecimentos.

Em contato com Splash, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP/PE) informou que Deolane já está utilizando tornozeleira eletrônica. "A detenta saiu da unidade prisional monitorada por tornozeleira eletrônica instaladas pelo Centro de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Cemep/SEAP) e cumprirá a prisão em regime domiciliar."

Procurado por Splash, o TJ-PE informou não estar autorizada a passar atualização da investigação envolvendo a influenciadora. "Todos os trâmites judiciais da operação Integration tramitam em segredo de Justiça. Por esse motivo, informações não podem ser repassadas."

Prisão

Deolane Bezerra e a mãe, Solange Bezerra
Deolane Bezerra e a mãe, Solange Bezerra Imagem: Clayton Felizardo/Brazil News
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Influenciadora e a mãe, Solange Alves, foram presas na quarta-feira (4). As duas foram detidas durante a operação Integration, que tem o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.

Operação que prendeu Deolane trouxe à tona investigação que começou em 2022. A apuração indicou a migração de indivíduos associados ao jogo do bicho — que é ilegal no Brasil — para os jogos online, conforme explicou Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, secretário de Defesa Social-PE, em conversa com o Fantástico (Globo).

Como Deolane teria participado do esquema?

Deolane Bezerra com Lamborghini Urus
Deolane Bezerra com Lamborghini Urus Imagem: Reprodução

Famosa, que teve R$ 34 milhões bloqueados pela Justiça, teria aberto uma bet para lavar dinheiro. A casa de apostas foi inaugurada pela famosa em julho de 2024, com capital de R$ 30 milhões. Entretanto, segundo a investigação, a bet foi aberta com o intuito de lavar dinheiro de jogos ilegais.

Mãe da famosa teria sido usada no esquema. Solange teve R$ 3 milhões bloqueados pela Justiça. Conforme o Fantástico, em depoimento à polícia, ela teria dito que as movimentações financeiras são provenientes de publicidade. Entretanto, ela também teria afirmado "que não se recorda ou que desconhece" alguns valores.

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Você tem influencers, aquelas pessoas com milhões de seguidores. Se aquela pessoa vai na sua rede social e diz que aquilo é bom, que ela ganhou muito dinheiro jogando, quando não é verdade. O dinheiro que ela ganha não é jogando, é pago pela bet pra ela passar uma mensagem. Alessandro Carvalho Liberato de Matos ao Fantástico

Defesa de Deolane e Solange nega irregularidades. Em nota, a defesa de mãe e filha afirmou que "mantém plena confiança na Justiça e que segue trabalhando incansavelmente pelo restabelecimento da liberdade [das duas], convicto de que suas inocências serão plenamente comprovadas".

Empresas de apostas

Avião está no nome de empresa de Gusttavo Lima, segundo sistema da ANAC
Avião está no nome de empresa de Gusttavo Lima, segundo sistema da ANAC Imagem: Divulgação/SSP

Darwin Henrique da Silva Filho e José André da Rocha Neto, responsáveis por empresas de apostas, são investigados na Operação Integration, que mira lavagem de dinheiro via jogos ilegais. Até o momento, as autoridades não divulgaram por completo a relação das empresas e das pessoas físicas investigadas na operação.

Darwin Henrique da Silva Filho é CEO da Esportes da Sorte, fundada em 2018. A empresa atua no ramo de apostas esportivas online. Ele já disse que sua atuação nas empresas de apostas esportivas vem de sua paixão pelo futebol.

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A polícia apreendeu joias e dinheiro vivo no apartamento de Darwin Filho. No momento da apreensão realizada pelas autoridades, o empresário não estava no local, na zona sul de Recife. Darwin Filho e a esposa dele, Maria Eduarda, se entregaram à Polícia Civil de Pernambuco na tarde desta quinta-feira (5).

Gusttavo Lima e Deolane aparecem em investigação por suposta participação em esquema
Gusttavo Lima e Deolane aparecem em investigação por suposta participação em esquema Imagem: Reprodução/Instagram/@gusttavolima/@dra.deolanebezerra

José André da Rocha Neto é dono da Vai de Bet, fundada em 2021. A empresa, registrada em Curaçao (local em que muitas empresas do ramo mantêm sede), fez parte de polêmica recente que culminou com a rescisão de contrato de patrocínio que a casa de apostas mantinha com o Corinthians.

Empresário tem elo com Gusttavo Lima. O cantor é patrocinador oficial e garoto-propaganda da Vai de Bet. Uma aeronave apreendida na Operação Integral está no nome da empresa Balada Eventos, de Lima, mas é operada pela empresa JMJ Participações, cujo proprietário é Neto.

A apreensão da aeronave foi confirmada pela assessoria de imprensa da empresa. A assessoria do artista afirmou que o avião foi vendido para a JMJ, mas ainda está no nome do cantor até a finalização dos trâmites burocráticos e de documentação.

Justiça bloqueou R$ 20 milhões da empresa de Gusttavo Lima, além do sequestro de todos os imóveis e embarcações que estão em nome da Balada. A empresa é suspeita de lavagem de dinheiro no âmbito da mesma operação, segundo informou o Fantástico (Globo), neste domingo (8).

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