Conteúdo publicado há 3 meses

Paraquedista e locutor de barca: as histórias inusitadas de Silvio Santos

Silvio Santos morreu hoje (17), aos 93 anos, e teve uma longa trajetória cheia de histórias. Algumas delas foram relatadas na HQ "Silvio Santos - Vida, Luta e Glória", lançada originalmente em 1969, pelo roteirista Rubens Francisco Lucchetti e pelo ilustrador Sérgio M. Lima.

Abaixo, veja os fatos mais inusitados sobre o apresentador.

Camelô

Ainda criança, Silvio Santos ficava fascinado ao observar o trabalho dos camelôs, com sua capacidade de magnetizar a atenção das pessoas ao redor. Assim, foi natural para ele, após se formar no ginásio, começar a trabalhar no ramo dividindo o tempo com os estudos.

Segundo a HQ, ele vendia capas para títulos eleitorais e canetas. Quando a fiscalização começou a apertar, abandonou a profissão. Segundo ele, foi o próprio chefe da repressão aos camelôs que, vendo seu talento como comunicador, o indicou para uma entrevista na rádio Guanabara do Rio.

Imagem da HQ 'Silvio Santos -Vida, Luta e Glória'
Imagem da HQ 'Silvio Santos -Vida, Luta e Glória' Imagem: Divulgação

Radialista

Ainda adolescente, Silvio virou locutor, mas precisou abandonar a atividade (mas nem tanto) enquanto prestava serviço militar. Após deixar a aeronáutica e se formar em contabilidade, ele passou umas férias "despretensiosas" em São Paulo, onde visitou amigos da Rádio Nacional. Lá, lhe oferecerem emprego de locutor. Nunca mais Silvio Santos voltaria a morar no Rio. Naquela época, com sua dicção perfeita, ele fazia principalmente vinhetas de programas, como o do amigo e parceiro de negócio Manoel da Nóbrega.

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HQ Silvio Santos
HQ Silvio Santos Imagem: Divulgação

Paraquedista

Servindo às Forças Armadas, ele fez vários saltos no fim dos anos 1940.

Formou-se na Escola de Paraquedistas, no bairro Deodoro, zona oeste do Rio, onde se destacou com movimentos considerados bem executados.

Silvio Santos
Silvio Santos Imagem: Divulgação

Locutor de barca

Já com vocação para animador, ele solicitou uma concessão para montar a rede Guanabara de Propaganda, a "primeira emissora marítima do Brasil", que rendeu um bom dinheiro. Segundo Silvio, um dia a barca precisou ficar no estaleiro para reparos, o que acabou o afastando de seu primeiro empreendimento bem-sucedido.

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Imagem da HQ 'Silvio Santos - Vida, Luta e Glória'
Imagem da HQ 'Silvio Santos - Vida, Luta e Glória' Imagem: Divulgação

Dono de bar

Silvio Santos já alugou um imóvel em São Paulo e abriu um bar próximo à sede da Rádio Nacional, futura Rádio Globo. A ideia era fazer com que seus colegas de trabalho tivessem um lugar cômodo para realizar "happy hours".

Silvio chegou a dar expediente como balconista, mas desistiu do negócio por se sentir "em uma prisão" no comércio.

Imagem da HQ "Silvio Santos - Vida, Luta e Glória'
Imagem da HQ "Silvio Santos - Vida, Luta e Glória' Imagem: Divulgação

Editor de revista de palavras-cruzadas

Silvio se desfez do bar para editar uma revista de palavras-cruzadas. Deu certo. Pelo que indica a HQ, parte desse sucesso se deve à sua capacidade de convencer distribuidores, comerciantes e os compradores de que todos precisavam do produto, assim como fazia nos tempos de camelô. Nessa época, por sugestão de um amigo, também começou a vender folhinhas de calendário, que viraram febre.

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Imagem da HQ 'Silvio Santos - Vida, Luta e Glória'
Imagem da HQ 'Silvio Santos - Vida, Luta e Glória' Imagem: Divulgação

Cabo eleitoral

Muito antes de, sem sucesso, tentar se candidatar à Presidência da República, Silvio Santos já se meteu na política. Foi em 1958. Ele arranjou um frila de locutor de propaganda eleitoral.

Dirigia um Jeep por São Paulo anunciando o candidato a deputado federal Cunha Bueno, que acabou eleito. Nessa época, ele também estreou na televisão apresentando a Praça da Alegria na antiga TV Paulista.

Imagem da HQ "Silvio Santos - Vida, Luta e Glória"
Imagem da HQ "Silvio Santos - Vida, Luta e Glória" Imagem: Divulgação

Dono circo de variedades

O itinerante Gran Circo Silva tinha como estrelas o ator Ronald Golias e os cantores Agostinho dos Santos e Gessy Soares.

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Silvio também trazia ao picadeiro a radionovela "Jerônimo, o Herói do Sertão", grande sucesso da época. O nome da caravana? "Caravana do Peru", que passeava pela periferia e interior do Estado.

Imagem da HQ 'Silvio Santos - Vida, Luta e Glória'
Imagem da HQ 'Silvio Santos - Vida, Luta e Glória' Imagem: Divulgação

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