Ken humano larga caracterização e trabalha como frentista: 'Não era eu'

Com 13,3 mil seguidores no Instagram, Felipe Máximo, 20, ficou famoso há cinco anos por ser o "Ken Humano". Porém, de lá para cá, muita coisa mudou. A maquiagem e caracterização do namorado da Barbie ficaram de lado e o rapaz assumiu novos papeis: já trabalhou como auxiliar de pedreiro, de cozinha e atualmente é frentista em um posto de combustíveis em São Paulo (SP).

Felipe chamou a atenção nas redes sociais por compartilhar sua transformação para se parecer com o boneco Ken. Durante três anos, ele investiu na caracterização com maquiagem, lentes de contato, peruca e roupas usadas no seu dia a dia buscando se parecer com o personagem. Ele afirma que não fez cirurgias plásticas, mas investiu em procedimentos estéticos como micropigmentação de sobrancelhas e redução de "papada".

Eu vivia o Ken, usava a caracterização para ir à escola, ao mercado e em qualquer outro lugar. Mas com o passar dos anos, isso mudou dentro de mim. Felipe Máximo

Felipe revelou que a decisão de abandonar o personagem de Ken Humano foi motivada por um desejo de encontrar autenticidade em sua vida e devido à necessidade de buscar outras fontes de renda.

"Chegou um momento em que eu percebi que aquele não era eu, que eu tinha uma identidade e passei a trabalhar o meu amor próprio e me redescobri. Junto a isso veio a escassez de trabalhos, de não ter o que colocar na mesa e passei a buscar outras maneiras de me manter", conta o jovem que mora sozinho em Diadema (SP). Na época da caracterização, Felipe vivia na casa da irmã em Peruíbe, no litoral paulista.

Ao se afastar do personagem, Felipe trabalhou como auxiliar de pedreiro, auxiliar de cozinha e há pouco mais de um mês trabalha como frentista em um posto de combustíveis.

Eu me sinto muito feliz com meu trabalho e dessa forma estou construindo minha vida aqui. Guardo a época da caracterização com muito carinho, mas não pretendo voltar com ela, a menos que fosse para trabalhar como o Ken em um evento ou algo assim, mas não assumir a identidade de Ken Humano. Felipe Máximo

Ainda segundo o frentista, ele evita falar sobre essa fase da caracterização em seus locais de trabalho e nas ruas passa despercebido.

Continua após a publicidade

"Tem muito julgamento e já perdi emprego por isso. As pessoas recordam de mim só quando falo sobre a caracterização nas redes sociais, mas nas ruas ninguém me associa ao personagem", conta.

Sobre o futuro, o jovem sabe bem o que quer: ser modelo ou trabalhar com moda. "É um universo que eu gosto muito, acho que até por isso eu me caracterizava de Ken, porque o personagem tem essa essência do universo da moda", diz.

Deixe seu comentário

Só para assinantes