A igreja que atrai famosos (e muitas polêmicas) com ex-pastor como líder

Rodeada de polêmicas acusações, a megaigreja Hillsong é tema de um documentário que estreou nesta semana no Star+. "Os Segredos da Igreja Hillsong" é baseada na reportagem dos jornalistas da revista Vanity Fair, Alex French e Dan Adler.

Hillsong é conhecida por já ter tido membros famosos como Justin Bieber, Vanessa Hudgens e Austin Butler, além de vários membros do clã Kardashian-Jenner (Kendall, Kylie e Kourtney, por exemplo). A igreja se envolveu em acusações de racismo, homofobia e lavagem de dinheiro, entre outras.

Mas quais são os segredos desvendados no novo material?

Relacionadas

Término, acusação, choro: a conturbada relação entre Sammy e Pyong Lee

Maitê Proença expõe relação com as drogas e bissexualidade: 'Varia, amplia'

70 mil rituais: a história real do 'Exorcista do Papa' que inspirou filme

Igreja foi fundada em 1983 na Austrália, e rapidamente se expandiu para 30 outros países. A Hillsong se popularizou pelos cultos serem uma espécie de mistura entre sermões e um show pop, e a pegada moderna acabava atraindo membros mais jovens.

Celebridades começaram a se reunir na igreja e o polêmico então pastor Carl Lenz, de Nova York (EUA), usava roupas de grife e reservava lugar para os famosos. Seu "status" e sua forma de agir contribuíram para a popularidade da Hillsong.

Em novembro de 2020, Carl Lenz, o mais famosos dos pastores da Hillsong, foi demitido por "questões de liderança e falhas morais". Ele confessou ter traído a esposa em duas ocasiões, uma delas com a ex-babá da família, mas negou as alegações de ter cometido abuso sexual contra essa mesma ex-babá, Leona Kimes.

Ele é apenas um dos pastores da igreja denunciados por abuso sexual. Outras acusações incluso abuso contra menores, acobertamento, evasão fiscal e até uso de doações para a igreja para benefício próprio. No documentário, mulheres que faziam parte da congregação denunciam que teriam sofrido racismo.

Terapia de conversão para membros LGBTQ+. Segundo o portal Daily Beast, membros foram forçados a praticarem terapia de conversão, até que a igreja se distanciou desse modelo em 2011. Em 2015, o então pastor Brian Houston declarou que membros da comunidade LGBTQ+ não poderiam assumir cargos de liderança, e que a igreja estava aberta a todos, mas não concordava com todos os "estilos de vida".

Pai do fundador da igreja reunia acusações de abuso contra menores — e filho teria acobertado. Frank Houston, ex-pastor que cocriou a Hillsong junto ao filho, teve acusações de ao menos 13 vítimas e sobreviventes de que teria cometido abuso. Seu filho, Brian, manteve o título de principal pastor até 2022, quando deixou o cargo após alegações de que ele tinha informações sobre os crimes do pai, e escondeu em vez de levar à polícia.

Documentário tem primeira entrevista de Carl Lenz e família sobre as polêmicas. O produtor executivo, David Collins, passou meses conversando com Carl e Laura Lentz para convencê-los a contar a história da família diante das câmeras. Após a demissão, os dois foram morar na Flórida com os filhos, e tentam levar uma vida longe dos holofotes.