Entenda como youtuber tailandesa aplicou golpe bilionário nos seguidores
A youtuber tailandesa Suchata Kongsupachak, conhecida como Nutty, está desaparecida após ser acusada de roubar 2 bilhões de bahts (o equivalente a R$ 285 milhões) de seus seguidores.
Segundo a polícia, a também dançarina de 30 anos pode ter feito mais de 6 mil vítimas. Ela pedia aos fãs que investissem em sua empresa no mercado de câmbio. O retorno prometido era de 25% em contratos de 3 meses e de 30% em contratos de 6 meses, segundo o site de negociação asiático NextShark.
Para convencer os mais de 840 mil seguidores, Suchata exibia uma vida de luxo nas redes sociais, com carros, relógios e pertences de grifes caras.
"Ela costumava postar fotos nas mídias sociais mostrando sua riqueza com carros de luxo, relógios, bolsas e propriedades, enquanto afirmava que os havia obtido nos investimentos em uma corretora", contou o chefe da investigação, Watthana Ketumpai, ao Nation Thailand.
Porém, em maio, ela anunciou aos seguidores que tinha uma dívida de 1 bilhão de bahts (R$ 142 milhões) com seus investidores. Em um pequeno clipe no Instagram, Suchata disse que seu corretor havia bloqueado seus fundos e sua conta de negociação desde março, mas que tentaria devolver o dinheiro. Desde então, ela praticamente sumiu de suas redes sociais.
Vítimas
Até agora, 102 vítimas apresentaram queixas às autoridades, totalizando 30 milhões de bahts (R$ 4,2 milhões). Muitas vítimas dizem que perderam todo o seu dinheiro. Uma pessoa teria depositado sozinha 18 milhões de bahts (R$ 2,5 milhões) na conta bancária de Suchata.
Investidores ofereceram uma recompensa de 5 milhões de bahts (R$ 710 mil) por informações sobre o paradeiro da influenciadora, que acredita-se ter fugido para um país vizinho.
Investigações posteriores descobriram que a empresa da youtuber estava ainda supostamente ligada a outro caso de fraude em Singapura, em que uma mulher tailandesa e seu marido cingapuriano foram acusados de fraudar clientes com relógios de luxo e produtos de marca.
Um mandado de prisão foi expedido para Suchata, mas ela já havia deixado a Tailândia.
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