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Quem é Eddy Soares, dançarino brasileiro de Rosalía

Eddy Soares, dançarino de Rosalía - Reprodução/Jorge Pacheco/Instagram
Eddy Soares, dançarino de Rosalía Imagem: Reprodução/Jorge Pacheco/Instagram

De Splash, em São Paulo

23/08/2022 13h17Atualizada em 23/08/2022 15h57

Rosalía parou São Paulo com seu o show único da Motomami World Tour na noite de ontem. Mas a cantora espanhola divide os holofotes com os dançarinos, em especial o brasileiro Eddy Soares, natural de São Gonçalo (RJ).

O rapaz já havia ficado conhecido em 2020 ao ser o "robô" do clipe de "Modo Turbo", música de Luísa Sonza, Pabllo Vittar e Anitta.

Ele também já trabalhou com artistas como Duda Beat, Marina Sena, Tove Lo e Selena Gomez.

Hoje aos 27 anos, Eddy teve a dança como parte de sua vida desde sempre: seus pais se conheceram dançando em Baile Charme, no Rio.

"Eu sempre tive essa relação com a dança de forma cultural. Sempre tive o sonho de dançar profissionalmente, porém não tinha dinheiro nem incentivo para fazer aulas, estudar e investir no que eu mais sonhava", contou o dançarino em entrevista à Revista Eolor em abril.

Inicialmente ele começou a estudar sozinho, assistindo vídeos. Só em 2013, quando terminou o ensino médio, começou a fazer aulas de hip hop.

O artista enxerga que a virada de chave em sua vida se deu em 2019, quando participou do clipe de "Are U gonna tell her?", da cantora sueca Tove Lo. Ele também ajudou a coreografar a dança do clipe.

"Esse clipe, além de ser uma das maiores obras de arte no quesito cideoclipes 'made in Brazil', deu bastante visibilidade para o meu trabalho", disse Eddy.

Sobre os planos para o futuro, o dançarino deseja continuar dando orgulho para os familiares e amigos, e alcançando lugares que ninguém achou que seria possível.

"E pensar que quando eu comecei a estudar dança, eu nem tinha dinheiro direito para pagar minhas passagens para ir ensaiar. Eu quase sempre tinha que pedir ajudar aos meus amigos para fazer 'vaquinha' para pagar minha passagem de volta", lembra.

Hoje eu me vejo em um lugar de muita importância sendo representatividade como um homem gay, preto e periférico ocupando lugares de relevância e respeito na área onde trabalho. Eddy Soares para a Revista Eolor

"O mundo sempre dá muitas voltas e eu espero do fundo do meu coração que muito mais pessoas como eu se inspirem, resistam, não desistam dos seus sonhos e ocupem mais espaços junto comigo", diz o brasileiro.