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Rushdie foi esfaqueado 10 vezes no pescoço, estômago, peito, coxa e olho

Salman Rushdie foi esfaqueado 10 vezes no pescoço, estômago, peito, coxa e olho Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para Splash, em Pernambuco

13/08/2022 21h36Atualizada em 13/08/2022 21h36

O autor Salman Rusdhie, atacado ontem antes de uma palestra em Nova York, levou 10 golpes de faca durante o atentado.

Segundo o "Jornal Nacional" (TV Globo), os golpes em Rushdie foram desferidos em diversos locais do seu corpo, como pescoço, estômago, peito, coxa e olho.

As autoridades também identificaram o suspeito da agressão: Hadi Matar, um homem de 24 anos do distrito de Fairview, em Nova Jersey (EUA). Ele foi levado imediatamente sob custódia por um policial que trabalhava no local e acusado formalmente de tentativa de assassinato e agressão.

No tribunal, os promotores disseram que o ataque ao autor foi premeditado e direcionado. Matar viajou de ônibus para o retiro intelectual no oeste de Nova York e comprou um passe que lhe permitia assistir à palestra que Rushdie daria na manhã de sexta-feira, de acordo com o New York Times.

'Notícias não são boas'

Após o ataque, Rushdie foi levado a um hospital de helicóptero. Segundo o agente Andrew Wylie, ele está usando um respirador e deve perder um olho.

Em nota enviada para o New York Times, o representante afirmou ontem que o autor não pode falar e que as notícias "não são boas".

Salman provavelmente perderá um olho. Os nervos de seu braço foram cortados e seu fígado foi esfaqueado e danificado.

Agente do escritor Salman Rushdie

O ataque contra o autor repercutiu no mundo inteiro. O jornal francês Charlie Hebdo publicou na noite de ontem uma carta de apoio a Rushdie.

O presidente francês Emmanuel Macron também se manifestou. "A luta dele é nossa, universal", declarou no Twitter, garantindo que estava "hoje, mais do que nunca, ao seu lado".

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar "chocado por Sir Salman Rushdie ter sido esfaqueado enquanto exercia um direito que nunca devemos deixar de defender", referindo-se à liberdade de expressão.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, revelou, por meio de seu porta-voz, que estava "horrorizado" com o ataque, acrescentando que "de forma alguma a violência foi uma resposta às palavras".

"Este ato de violência é terrível", disse o conselheiro de segurança do presidente dos Estados Unidos, Jake Sullivan.

O ataque

Salman Rushdie, 75, autor anglo-indiano que foi ameaçado de morte no Irã na década de 80 devido a suas publicações, foi esfaqueado quando estava prestes a dar uma palestra no oeste de Nova York.

O ataque foi testemunhado por um repórter da Associated Press, que viu um homem invadir o palco da instituição onde Salman palestraria e começar a socá-lo e esfaqueá-lo, no momento em que o autor era apresentado, segundo a BBC.

Testemunhas afirmaram que o autor conseguiu sair do palco com ajuda e o agressor foi contido.

Salman participava de uma discussão sobre os Estados Unidos como asilo para escritores e outros artistas no exílio e como um lar para a liberdade de expressão criativa.

O livro "Os Versos Satânicos" do autor é proibido no Irã desde 1988, pois muitos muçulmanos o consideram uma blasfêmia. Um ano depois, o falecido líder do Irã, o aiatolá Ruhollah Khomeini pediu a morte de Salman, com uma recompensa sendo oferecida.

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