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Mais de 40 mulheres acusam Bruno Krupp de estupro

Bruno Krupp está sendo investigado por estelionato e estupro - Divulgação/FBX Assessoria
Bruno Krupp está sendo investigado por estelionato e estupro Imagem: Divulgação/FBX Assessoria

De Splash, em São Paulo

08/08/2022 00h24

Bruno Krupp, 25, modelo que atropelou e matou o adolescente João Gabriel, no Rio de Janeiro, está sendo investigado também por estelionato e estupro. Em julho, uma jovem de 21 anos registrou um boletim de ocorrência contra ele por violência sexual.

Ao "Fantástico", uma mulher de 28 anos revelou que passou pela mesma situação, há seis anos. Ela contou que, bêbado, ele forçou o abuso sexual. A vítima relembra que teve vergonha de denunciar à época, mas publicou seu relato nas redes sociais recentemente. Depois que revelou aos seguidores sobre o que aconteceu, ela recebeu mensagens de mais de 40 mulheres que afirmam também terem sido estupradas por Bruno Krupp.

Ao programa da TV Globo, outra mulher conta que foi abusada pelo modelo aos 16 anos, em uma festa. Uma terceira vítima também conversou com o "Fantástico" e relatou ter fotografado as marcas deixadas por Bruno Krupp em seu corpo. As investigações estão em andamento.

A atração dominical conversou com a mãe do adolescente morto por Krupp, Mariana Cardim de Lima. Ela recordou o relacionamento que mantinha com o filho. "Era a pessoa mais importante, pela qual acordava, eu ia dormir."

A mulher também contou detalhes do acidente. "Antes de atravessarmos, a gente olhou, e estava muito distante mesmo os carros e não tinha nenhuma projeção de nada perto da gente, mas em segundos ele, a moto estava em cima dele, e aí eu já perdi a noção do que que eu estava vendo. Eu vi a perna dele voando, eu vi o meu filho estendido no chão, me pedindo socorro. Eu comecei a gritar e pedir ajuda a todo mundo."

"A gente ia por no pé na areia, pegar a energia do mar, a gente sempre agradece, eu sempre ensinei a ele a agradecer, agradecer por tudo."

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou hoje o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do modelo Bruno Krupp, preso por atropelar e matar um adolescente.

O desembargador Milton Fernandes de Souza afirma que o caso não preenche os requisitos necessários para ser analisado pelo plantão judiciário.

"Somente podem ser apreciados em regime de plantão pedidos referentes a fatos ocorridos fora do horário de expediente normal, ou que, por algum fato estranho à vontade das partes, não pode ser deduzido dentro desse prazo. Como a competência do plantão é extraordinária, ela deve ser restrita à excepcionalidade, não podendo o plantonista exercer juízo de censura das decisões do juiz natural ou de outro juiz plantonista", escreveu o desembargador.

Bruno está em prisão preventiva desde quarta-feira (3), quando policiais foram até o hospital cumprir o mandado. Segundo a GloboNews, ele foi conduzido à prisão na noite de ontem, após receber alta.

Sua saída da unidade de saúde aconteceu em meio a um conflito entre laudos médicos: enquanto os médicos do hospital afirmavam que ele estava liberado para ser transferido ao sistema carcerário, um médico contratado pela família o transferiu para a UTI dizendo que ele apresentava problemas nos rins. De acordo com o jornal O Globo, esse médico se tornou alvo de investigação por fraude processual e falsidade ideológica.