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'Eu vi a perna dele voando', diz mãe de jovem morto por Bruno Krupp

João Gabriel e mãe, Mariana Cardim de Lima. O jovem foi morto atropelado pelo modelo Bruno Krupp - Reprodução
João Gabriel e mãe, Mariana Cardim de Lima. O jovem foi morto atropelado pelo modelo Bruno Krupp Imagem: Reprodução

De Splash, em São Paulo

08/08/2022 15h15

O "Fantástico" de ontem conversou conversou com a mãe do adolescente João Gabriel, morto após ser atropelado por Bruno Krupp, Mariana Cardim de Lima recordou o relacionamento que mantinha com o filho de 16 anos. "Era a pessoa mais importante, pela qual acordava, eu ia dormir."

A mulher também contou detalhes do acidente. "Antes de atravessarmos, a gente olhou, e estava muito distante mesmo os carros e não tinha nenhuma projeção de nada perto da gente, mas em segundos ele, a moto estava em cima dele, e aí eu já perdi a noção do que que eu estava vendo. Eu vi a perna dele voando, eu vi o meu filho estendido no chão, me pedindo socorro. Eu comecei a gritar e pedir ajuda a todo mundo."

"A gente ia por no pé na areia, pegar a energia do mar, a gente sempre agradece, eu sempre ensinei a ele a agradecer, agradecer por tudo."

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou hoje o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do modelo Bruno Krupp, preso por atropelar e matar um adolescente.

O desembargador Milton Fernandes de Souza afirma que o caso não preenche os requisitos necessários para ser analisado pelo plantão judiciário.

"Somente podem ser apreciados em regime de plantão pedidos referentes a fatos ocorridos fora do horário de expediente normal, ou que, por algum fato estranho à vontade das partes, não pode ser deduzido dentro desse prazo. Como a competência do plantão é extraordinária, ela deve ser restrita à excepcionalidade, não podendo o plantonista exercer juízo de censura das decisões do juiz natural ou de outro juiz plantonista", escreveu o desembargador.

Bruno está em prisão preventiva desde quarta-feira (3), quando policiais foram até o hospital cumprir o mandado. Segundo a GloboNews, ele foi conduzido à prisão na noite de ontem, após receber alta.

Sua saída da unidade de saúde aconteceu em meio a um conflito entre laudos médicos: enquanto os médicos do hospital afirmavam que ele estava liberado para ser transferido ao sistema carcerário, um médico contratado pela família o transferiu para a UTI dizendo que ele apresentava problemas nos rins. De acordo com o jornal O Globo, esse médico se tornou alvo de investigação por fraude processual e falsidade ideológica.