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Cenas quentes, ménage, drogas: Rebelde é para fãs crescidinhos da franquia

De Splash, no Rio

05/08/2022 04h00

A segunda temporada da série "Rebelde", reboot da Netflix inspirado no remake mexicano da Televisa, chegou ao streaming na última semana. A nova temporada aborda assuntos direcionados a um público mais velho, com cenas de sexo e uso de drogas, buscando o público que cresceu com as versões anteriores da produção, que remontam ao início dos anos 2000.

A primeira versão, "Rebelde Way", estreou na Argentina em 2002, mas o sucesso veio mesmo com a estreia da versão mexicana em 2004 — a exibição no Brasil, que conquistou uma legião de fãs, aconteceu no SBT a partir do ano seguinte.

De lá para cá, passaram-se 18 anos. Ou seja, quem era criança ou adolescente naquela época hoje é um adulto. Nesta temporada do reboot, a Netflix mostra a primeira cena de sexo lésbico da franquia, que também já foi produzida em Índia, Portugal, Chile, Venezuela e no Brasil, com a versão local lançada pela Record TV em 2011.

As protagonistas do momento na série do streaming são a mexicana Lizeth Selene e a brasileira Giovanna Grigio, atrizes que dão vida a Andi e Emilia. Logo no segundo episódio, Andi recebe Emilia em seu quarto e faz sexo oral na namorada. É um dos poucos momentos de nudez da série.

Na temporada anterior, as personagens já namoravam, mas não haviam protagonizado qualquer cena mais quente. Elas viraram o casal queridinho dos fãs da série que criaram o ship "Endi" nas redes sociais. Agora, ganharam mais profundidade na trama e dilemas que colocam em dúvida o futuro delas juntas.

Outra cena ousada que chama atenção na segunda temporada é o ménage entre Esteban (Sergio Mori), Laura (Alaíde) e a nova personagem Ilse (Mariané Cartas) no quarto do estudante. Já Jana (Azul Guaita) tem vídeo de sexo vazado e levanta questões sobre machismo. Algo diferente da versão de 2004 que não focava nas experiências sexuais dos alunos.

Primeiro casal gay

A segunda temporada exibe ainda, pela primeira vez na história da franquia, um relacionamento entre dois homens. O já conhecido Luka (Franco Masini) e o novo personagem Okane (Saak) vivem esse romance e também protagonizam uma cena quente, mas sem nudez.

Nem a versão original da trama, a argentina "Rebelde Way" (2002), nem a adaptação mexicana (2004), tinham narrativas LGBTs dentro da trama. O formato ainda foi vendido para a Índia (2004), Portugal (2008), Chile (2009), Venezuela e Brasil (2011), mas nenhuma versão trouxe casal formado por estudantes do mesmo sexo.

Christian Chávez, que interpretou Giovanni na versão mexicana de 2004, já revelou em entrevistas que se sentia reprimido na época em que gravava a novela. Ele só revelou ser homossexual quando fotos pessoais vazaram na imprensa em 2007, após o término das gravações da história. Na época, ele ainda se apresentava com os companheiros de RBD.

A história

A segunda temporada da série retorna de onde a história parou, com MJ (Andrea Chaparro) e Sebas (Alejandro Puente) vencendo a Batalha de Bandas. A trama passa a focar mais nos conflitos entre os alunos e na relação conturbada deles com o novo diretor, Gus Bauman (Flavio Medina), um ex-produtor musical de sucesso, que substitui Celina (Estefanía Villarreal).

Ele acaba com a tradicional Batalha das Bandas, desmonta os grupos, incluindo Rebelde, e monta uma competição individual com o objetivo de criar estrelas, o que revolta Dixon (Jeronimo Cantillo).

Isso gera mais conflitos entre os personagens e o debate em torno das cobranças na indústria da música e saúde mental. Andi experimenta usar metanfetamina para se concentrar nos desafios músicas propostos por Gus e se vicia.

Apesar de trazer temas novos e focar menos na música, ainda assim alimenta os fãs mais saudosos com músicas do RBD, como "Rebelde" e "Bésame Sin Miedo", além de relembrar o grupo mexicano em algumas ocasiões.

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