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Gagliasso e Ewbank abrem queixa formal de racismo em Portugal

Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso denunciaram à polícia portuguesa o ataque racista contra seus filhos - Reprodução/TV Globo
Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso denunciaram à polícia portuguesa o ataque racista contra seus filhos Imagem: Reprodução/TV Globo

De Splash, em São Paulo

01/08/2022 16h57Atualizada em 02/08/2022 12h09

Após defenderem os filhos Titi e Bless de ataques racistas num restaurante em Portugal, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank abriram uma queixa formal no país europeu.

À Splash, a Guarda Nacional Republicana de Portugal confirmou que recebeu a denúncia e a encaminhou para o Tribunal Judicial de Almada.

No sábado (30), a família estava num restaurante quando uma mulher branca proferiu ofensas racistas contra Titi e Bless — as crianças, nascidas no Malawi, têm respectivamente 9 e 7 anos.

Em vídeo que circula nas redes sociais, Giovanna Ewbank aparece chamando a mulher de "racista nojenta" e dizendo que ela merece "socos e porradas". Splash apurou que ela também cuspiu e deu tapas na mulher. Bruno Gagliasso chamou a polícia, que retirou a mulher do local e em seguida a liberou.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse em entrevista que o caso é "inadmissível", e completou: "Racismo é um fenômeno que existe na sociedade portuguesa, não negamos isso, mas não é possível generalizar a todo português".

Os atos da suspeita, no Brasil, poderiam ser enquadrados como injúria racial, ou seja, ofensa à dignidade de alguém, baseado em sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência. Mas em Portugal, devido a uma lacuna do Código Penal do país, a situação pode ser diferente.

Em Portugal, o artigo 240 do Código Penal, que trata dos crimes de discriminação e injúria, não cita "ódio racial". A qualificação do crime por motivação de "ódio racial" ou "gerado pela cor, origem étnica ou nacional", está prevista somente para os crimes de homicídio e ofensa à integridade física, analisou o projeto COMBAT.