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Anitta revela voto em 2022 e critica bolsonaristas após morte de petista

De Splash, em São Paulo

11/07/2022 17h07

A cantora Anitta comentou, na tarde de hoje, sobre a morte de Marcelo Arruda, guarda municipal petista assassinado por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Foz do Iguaçu. O crime aconteceu no dia 9 e Arruda foi morto a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos. Ela também declarou que irá apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano.

"Se não houvesse uma morte envolvida neste caso do apoiador de Lula que foi atacado por um bolsonarista eu diria que a burrice dessas pessoas chega a ser engraçada. Mas não. É apavorante", iniciou ela, por meio de uma sequência de tuítes.

A artista havia dito que não apoiaria Lula para a presidência por querer algo de novo para o Brasil, mas a mudança de decisão se dá pelo comportamento "agressivo" de apoiadores de Bolsonaro.

Pois muito que bem. Eu havia falado aqui nas redes que não apoiaria Lula nas eleições por querer algo novo e diferente, para que o Brasil experimente um meio termo entre os ideais da população dos dois lados e realmente pudesse tentar algo diferente do que já tivemos no passado. Mas postura extremamente agressiva e anti democrática dessa gente não me deixa outra opção. É Lulalá ... seus burros, agressores, autoritários e violentos.
Anitta

Ela destacou que levar Lula novamente ao comando do país é uma forma de causar com os apoiadores do atual presidente. "Que paguem o preço de ter a pessoa que vocês mais odeiam no comando, novamente, só pela burrice e falta de caráter de querer resolver as coisas na violência e na intolerância", detonou.

Anitta ainda prometeu atuar em campanha para o ex-presidente Lula vença no primeiro turno e destacou não se incomodar com críticas por apoiar um 'ex-presidiário' por vê-lo merecedor de nova chance.

A partir deste momento eu sou Lula primeiro turno. E lutarei por uma novidade na política presidencial brasileira nas próximas eleições. E para os soldadinhos do voldemort que vieram falar "vai lá defender ex presidiário". Pois é, ex presidiário? Então sim porque ex presidiário também é gente e uma das minhas crenças políticas é que o sistema carcerário brasileiro dê oportunidades aos presos de aprenderem coisas novas, terem a oportunidade de mudar de vida e se reinserir na sociedade diminuindo a reincidência criminal.
Anitta

"E é isso aí... Que [o] ex presidiário tenha condições de mudarem suas perspectivas de vida enquanto estão dentro da prisão, saindo de lá com esperança de um futuro digno e oportunidades fora do crime. Apoio sim. Boa noite, gentalha que acha que quem pensa diferente de vocês têm que morrer", reforçou ela.

Ela encerrou sua manifestação se colocando à disposição para fazer Lula bombar com sua campanha na internet.

Não sou petista e nunca fui, mas este ano estou com Lula. Quem quiser minha ajuda pra fazer ele bombar aqui na Internet, Tik Tok, Twitter, Instagram é só me pedir, que estando ao meu alcance e não sendo contra lei eleitoral, eu farei.
Anitta

O ex-presidente Lula tomou conhecimento de sua mais nova apoiadora e a agradeceu com um convite para ajudar a mudar o Brasil. "Vamos juntos envolver o Brasil", escreveu Lula.

Nos comentários, os fãs de Anitta apoiaram a manifestação da artista por entenderem que a eleição presidenciável de 2022 estará dividida entre Lula e Jair Bolsonaro.

"É isso aí, é Lula 2022", escreveu um seguidor. "Vai ser no primeiro turno", apostou outro seguidor. "Agora o Lula vai hitar muito com o apoio da mami", brincou um terceiro fã.

Pesquisas eleitorais

No último dia 6 de julho, a pesquisa Poderdata, divulgada pelo site Poder360, apontou estabilidade no primeiro turno da disputa presidencial no cenário estimulado — quando os entrevistados recebem uma lista prévia de pré-candidatos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em primeiro, com 44% das intenções de voto no único cenário testado pelo levantamento. O presidente Jair Bolsonaro (PL) é o segundo, com 36%.

Em relação ao levantamento de duas semanas atrás, Bolsonaro oscilou para cima —foi de 34% para 36%—, dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Já Lula repetiu os 44%.

A pesquisa PoderData foi realizada com recursos próprios da empresa do grupo Poder360 Jornalismo, de 3 a 5 de julho, com 3 mil entrevistados por telefone. O levantamento foi feito em 317 municípios das 27 unidades da federação e custou R$ 103.715,00. O intervalo de confiança é de 95%, segundo o instituto, e o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-06550/2022.