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Klara Castanho: Metrópoles emite nota em que banca permanência de Leo Dias

Leo Dias permanece no Metrópoles após divulgar informações sigilosas sobre Klara Castanho Imagem: Reprodução/YouTube

De Splash, em São Paulo

28/06/2022 20h41

O Metrópoles voltou a se manifestar após publicar detalhes sobre o caso envolvendo o estupro e a gravidez da atriz Klara Castanho. O portal confirmou que Leo Dias, colunista que divulgou as informações sigilosas no último sábado (26), não será demitido.

Desde o fato, o Metrópoles tem sido instado a se posicionar em relação a Leo Dias. Mas não será com a demissão do colunista que pretendemos enfrentar esta questão.
diz a nota

Além de informar que o jornalista continuará divulgando a coluna e as entrevistas no site, o Metrópoles voltou a reconhecer o erro — do site e de Dias — e pediu perdão à Klara Castanho por expor as informações sigilosas.

No texto, porém, o portal defende Leo Dias e relembra uma série de feitos em sua carreira, afirmando que o jornalista não se resume ao erro cometido com a atriz.

A Comissão de Ética dos Meios de Comunicação da Associação Brasileira de Imprensa emitiu hoje um comunicado condenando a "exploração de vítimas de violência sexual" por jornalistas e veículos de comunicação. A nota adverte especificamente Leo Dias.

"O jornalismo não pode compactuar nem com o crime, nem com sua exploração midiática. A ABI adverte em específico o jornalista Leo Dias: mesmo o tipo de jornalismo que ele faz deve respeitar certos limites éticos", diz o texto.

Abuso, gravidez e exposição de Klara Castanho

A história teve início após a apresentadora Antonia Fontenelle dizer em uma live que "uma atriz global de 21 anos teria engravidado e entregado a criança para adoção". "Ela não quis olhar para o rosto da criança", afirmou Fontenelle.

Embora não tenha citado nominalmente Klara Castanho, os internautas imediatamente associaram a versão contada por Antonia à atriz. Após a declaração de Fontenelle repercutir, dezenas de internautas criticaram Klara Castanho e apontaram "falta de responsabilidade" da artista. Mesmo sem terem certeza do que aconteceu, a atriz foi julgada e atacada.

Em carta aberta publicada no Instagram, Klara relatou que foi estuprada e engravidou, mesmo tendo tomado pílula do dia seguinte. Classificado por ela como "o relato mais difícil da vida", a artista explicou que não queria tornar o assunto público, mas já que a adoção foi exposta, resolveu se pronunciar.

Não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que eu sofri. Eu fui estuprada. Klara Castanho

Klara não reportou a violência sexual à polícia por sentir "vergonha e culpa". Ao dar prosseguimento ao relato, a atriz destaca que descobriu a gravidez ao passar mal e procurar um médico.

Incapaz de criar um filho fruto de um estupro, Klara Castanho optou pela doação do bebê que gerou e fez todos os procedimentos legais. Entretanto, quando teve a criança, teria sido ameaçada por uma enfermeira, que quis levar o caso a público por meio da imprensa.

Ela diz ainda que não demorou para que jornalistas passassem a procurá-la, ainda no hospital, para questionar sobre a gravidez e a adoção, mas, ao explicar-lhes que o filho foi fruto de uma violência, os repórteres se comprometeram em não publicar matéria a respeito. Até que o assunto ganhou força no Twitter neste último sábado (25), após o colunista do jornal Metrópoles, Leo Dias, detalhar o caso em uma matéria. Tanto o jornalista, quanto o jornal, pediram desculpas.

Diversos famosos se solidarizaram com Klara após o ocorrido, entre eles as atrizes Juliana Paes e Flavia Alessandra, as cantoras Jojo Toddynho e Luisa Sonza e as apresentadoras Ana Maria Braga e Sonia Abrão.

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