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Toy Story: 10 curiosidades sobre a franquia que você (ainda) não sabe

Conheça curiosidades sobre a franquia de "Toy Story", lançada em 1995 - Divulgação
Conheça curiosidades sobre a franquia de "Toy Story", lançada em 1995 Imagem: Divulgação

Mariana Assumpção

da Ingresso.com

25/06/2022 04h00

"Toy Story" (1995) foi um grande marco para a animação nos cinemas. Sua trama inspiradora e sensível, capaz de trazer lições sobre amizade, trabalho em equipe e apoio incondicional, fez história nas telonas mundo afora.

A produção na qual os brinquedos ganham vida revolucionou a indústria cinematográfica por ser a primeira animação desenvolvida inteiramente por computação gráfica. Sim, muitas já utilizavam a técnica pontualmente, mas nunca havia se criado um longa-metragem totalmente animado por CGI (Imagens Geradas por Computador).

E não foram apenas os atributos técnicos e inovadores que tornaram a saga única: seus personagens cativantes roubaram a cena, com um carisma que rendeu desdobramentos em séries, jogos eletrônicos e muitos outros derivados.

Anos de sucesso ajudaram a desenvolver a ideia de "Lightyear", novo spin-off de "Toy Story". No longa, que já está em cartaz nos cinemas, acompanhamos a história do patrulheiro espacial que inspirou a criação do boneco Buzz, um dos brinquedos favoritos de Andy na franquia.

O longa de animação da Disney/Pixar apresenta uma aventura imperdível para os fãs deste universo, que agora podem explorar as origens de Buzz, Zurg e outras referências à saga original.

A franquia cinematográfica garante números incríveis de bilheteria há quase trinta anos e, nesta lista, selecionamos 10 curiosidades que você provavelmente desconhece sobre Toy Story e toda a sua história de sucesso. Confira!

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Buzz Lightyear em cena de Toy Story 4
Imagem: Divulgação

#1 | O BUZZ QUASE FICOU DE FORA

Inicialmente, os protagonistas de "Toy Story" (1995) seriam um boneco de ventríloquo e o pequeno Tinny.

O brinquedo de lata seria reaproveitado pela Pixar, já que o personagem originalmente estrelou o curta-metragem Tin Toy (1988), que pode ser assistido acima. Por ser considerado um boneco antiquado, os produtores decidiram criar uma figura de ação mais alinhada aos desejos de consumo das crianças dos anos 90, inserindo Buzz Lightyear no roteiro final.

#2 | SID DA VIDA REAL

O jovem Sid Phillips, responsável pela criação dos brinquedos bizarros que vemos no primeiro longa, foi inspirado em uma figura real.

O personagem é baseado em um ex-funcionário da Pixar, conhecido na empresa por desmontar brinquedos e usar as peças para construir novas figuras macabras. Esquisito, não?

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Cenas de "Toy Story" (1995) e o "O Iluminado" (1980)
Imagem: Reprodução

#3 | REFERÊNCIAS DE TERROR

A franquia "Toy Story" é bastante conhecida por seus easter eggs e autorreferências, mas um deles é bastante incomum e deslocado do universo lúdico e infantil que o a história exalta.

Na casa do perverso Sid, o piso tem o mesmo padrão do carpete visto em "O Iluminado" (1980).

O desenho geométrico aparece em outras ocasiões ao longo dos filmes e derivados da saga, e o terror clássico dirigido por Stanley Kubrick ainda é referenciado através do número 237: placas de carro e mensagens instantâneas carregam essa menção em diversas cenas da saga "Toy Story". O número é o mesmo do quarto mais assustador do Hotel Overlook, local onde a trama de "O Iluminado" se passa.

#4 | BUZZ LIGHTYEAR OU MIKE WAZOWSKI?

Quando os produtores definiram o co-protagonismo de Buzz em "Toy Story" (1995), o ator Billy Crystal foi sondado para ser a voz oficial do personagem. Envolvido em outros projetos, Crystal acabou declinando do convite.

Depois da estreia do longa, o astro se arrependeu amargamente de ter rejeitado a oferta. Mas isso não fechou as portas para Crystal nas animações: anos mais tarde, quando o estúdio o convidou para interpretar Mike Wazowski em Monstros S.A. (2001), sua esposa foi quem atendeu o telefone. Ela chamou o marido e explicou que John Lasseter, diretor de criação da Pixar, queria falar com ele. Crystal o atendeu e disse "sim" instantaneamente, antes mesmo que Lasseter tivesse tempo de explicar o motivo da ligação.

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Cena da animação "Monstros S.A" com Mike Wazowski
Imagem: Divulgação / Disney

#5 | ROTEIRO DE MILHÕES

"Toy Story" não conquistou apenas as crianças e adultos que se encantaram com a magia dos brinquedos falantes: sua história também cativou os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Em 1996, o longa foi a primeira animação da história a concorrer ao Oscar na categoria de Melhor Roteiro.

#6 | UMA LICENÇA MATERNIDADE SALVOU A FRANQUIA

Quando "Toy Story 2" (1999) já estava praticamente finalizado, um funcionário da Pixar deletou, acidentalmente, uma série de arquivos que faziam parte da animação: personagens, cenários, texturas - tudo foi perdido. O estúdio ainda mantinha alguns salvos por precaução, mas a maioria estava corrompida e não poderia ser utilizada. Com quase todo o filme comprometido, um desespero generalizado tomou conta da equipe.

Foi aí que Galyn Susman, uma das diretoras envolvidas na produção, salvou o dia: ela sempre mantinha uma versão atualizada do projeto para que pudesse acompanhar o seu andamento de casa, enquanto cuidava de seu bebê recém-nascido. Usando os arquivos do computador de Galyn, recuperados durante a sua licença-maternidade, o segundo filme da franquia pôde ser lançado no tempo previsto.

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Barbie e Ken em "Toy Story 3", filme da Disney Pixar
Imagem: reprodução/Disney Pixar

#7 | ANDA, BARBIE! VAMOS, BARBIE!

Uma das versões do roteiro de "Toy Story" (1995) mostrava Barbie, a boneca mais popular do planeta, como uma das personagens centrais da trama. Ela seria o interesse amoroso de Woody, sendo substituída posteriormente por Betty, a pastora de porcelana.

A Pixar tentou trazer a Barbie para o longa, através de um acordo de licenciamento com a Mattel. Entretanto, a fabricante de brinquedos alegou que não gostaria de imprimir uma personalidade única a um de seus principais produtos. Assim, a negociação acabou não indo para frente.

Porém, após o sucesso do primeiro filme e o aumento das vendas de brinquedos que toparam a parceria com a Pixar, como o Sr. Cabeça de Batata, a Mattel voltou atrás a tempo: além de fazer sua estreia na franquia em "Toy Story 2" (1999), a boneca ganhou uma edição especial chamada Tour Guide Barbie, baseada na versão animada.

#8 | AMIGO ESTOU AQUI?

Tom Hanks e Tim Allen, que emprestam suas vozes a Woody e Buzz, respectivamente, fizeram questão de gravar suas falas ao mesmo tempo em "Toy Story 3" (2010), o que raramente é feito em longas de animação.

A química entre os personagens da animação se reflete na vida real, e Tom Hanks já explicou que ele e Allen são grandes parceiros, creditando a amizade de décadas ao trabalho que compartilham em "Toy Story". Ao Cinema Blend, Hanks disse: "Na verdade, nos tornamos muito próximos simplesmente por causa da união entre Woody e Buzz". Fofos!

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Buzz Lightyear e Woody em cena de Toy Story 4
Imagem: Divulgação

#9 | BILHETERIA BILIONÁRIA

Atingir a marca de 1 bilhão de dólares nos cinemas é um feito para poucos - e, quando se trata de animações, é ainda mais difícil alcançar cifras tão altas. Mesmo assim, a franquia fez história mais uma vez em 2010: "Toy Story 3" foi o primeiro longa animado a ultrapassar esse valor em bilheteria - a produção acumulou US$ 1,066 bilhão nas telonas globais.

#10 | O ADEUS AGRIDOCE DE WOODY

Embora "Toy Story" tenha sido lançado em 1995, Tom Hanks começou a gravar as falas do xerife Woody ainda em 1991, quatro anos antes do lançamento do longa.

Quem assistiu a "Toy Story 4" (2019) sabe que o arco do personagem parece ter chegado ao fim, e Hanks também encara o longa como a sua despedida da franquia, Em entrevistas concedidas após o lançamento da animação, o ator revelou sentimentos conflitantes sobre o seu adeus a Woody: "Eu nunca comecei uma sessão de gravação sem desejar que já tivesse acabado. Woody está tenso o tempo todo. É exaustivo demais", contou.

Porém, mesmo depois de quase três décadas cansativas emprestando sua voz ao cowboy, Tom Hanks é muito grato por poder ter seu trabalho imortalizado em uma franquia tão importante: "Eu tenho bisnetos que ainda precisam nascer para dizer: 'Ei, esse é o meu bisavô em 'Toy Story'. E vai durar muito, porque eles continuam assistindo a 'Branca de Neve e os Sete Anões' e ainda estão ouvindo Jiminy Cricket (Grilo Falante) cantar as mesmas músicas - e o mesmo vai acontecer comigo", explicou ele.