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Klara Castanho: Fontenelle chama doação após estupro de abandono de incapaz

Antonia Fontenelle disse que doação após estupro de Klara Castanho é "abandono de incapaz" Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash

25/06/2022 22h48Atualizada em 27/06/2022 13h05

Após a atriz Klara Castanho contar que entregou um bebê para adoção por ter sido vítima de um estupro, a apresentadora Antonia Fontenelle usou as redes sociais para comentar o caso, que classificou como "abandono de incapaz".

Por meio de seu perfil no Instagram, Fontenelle rebateu as críticas a ela dirigidas após abordar o assunto, sem citar nomes, em uma live nas redes sociais, o que contribuiu para um movimento de comentários e ataques direcionados a Klara Castanho que fez o nome da atriz ficar entre os assuntos mais comentados do Twitter neste sábado (25). Klara acabou vindo a público esclarecer o que houve.

"Parir uma criança e não querer ver e mandar desovar para o acaso é crime, sim, só acha bonitinho essa história de adoção quem nunca foi em um abrigo, ademais quando se trata de uma criança negra. O nome disso é abandono de incapaz", declarou Fontenelle.

Apesar de a apresentadora falar em abandono de incapaz, a "entrega voluntária para adoção" é um dispositivo legal, previsto na Lei 13.509 de 2017, a chamada "Lei da Adoção". O texto altera o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e dá as diretrizes para amparo de gestantes ou mães que queiram entregar crianças para adoção formal e legalizada por meio da Justiça da Infância e Juventude

Antonia diz não entender "por que estão revoltadinhos" com ela por "ter tido a coragem de mencionar uma história" classificada pela apresentadora como "monstruosa", que seria a adoção.

Por fim, Fontenelle alegou que se "preocupa com vidas de inocentes" e destacou que não citou nominalmente Klara Castanho ao expor o caso publicamente. A apresentadora afirma que ficou sabendo da história por intermédio do jornalista Leo Dias e disse que, se quiserem culpar alguém, que seja o repórter.

"Se eu soube disso, foi através dele [Leo Dias], agora cobrem dele, e se ele não quer falar, também é um direito dele. Se a história procede do jeito que chegou até mim, só posso dizer uma coisa, alguém tem que responder por isso, e esse alguém não sou eu", declarou.

Entenda o caso

A atriz Klara Castanho, de 21 anos, revelou hoje que gestou uma criança após ser estuprada e a entregou para a adoção. A revelação foi feita em carta aberta publicada nas redes sociais, após horas sendo um dos assuntos mais comentados no Twitter.

A história teve início após a apresentadora Antonia Fontenelle dizer em uma live que "uma atriz global de 21 anos teria engravidado e doado a criança para adoção". "Ela não quis olhar para o rosto da criança", afirmou Fontenelle.

Embora não tenha citado nominalmente Klara Castanho, os internautas imediatamente associaram a versão contada por Antonia à atriz, que agora se pronunciou sobre o assunto. Procurada por Splash, Antonia Fontenelle questionou apenas: "e o que eu tenho a ver com isso?".

Após a declaração da apresentadora repercutir, dezenas de internautas criticaram Klara Castanho e apontaram "falta de responsabilidade" da artista. Mesmo sem terem certeza do que aconteceu, a famosa foi julgada e atacada.

Em carta aberta publicada na internet, Klara relatou que foi estuprada e engravidou, mesmo tendo tomado pílula do dia seguinte. Classificado por ela como "o relato mais difícil da minha vida", a famosa explicou que não queria tornar o assunto público, mas já que a adoção foi exposta, ela resolveu se pronunciar.

Não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que eu sofri. Eu fui estuprada".

O Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) afirmou que já determinou a apuração dos fatos e prestou solidariedade à atriz de 21 anos.

"O princípio basilar da Enfermagem é a confiança. Portanto, o profissional de saúde que viola a privacidade do paciente em qualquer circunstância comete crime e atenta eticamente contra a profissão, conforme prevê o Art. 82 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Casos assim devem ser rigorosamente punidos, para que não mais se repitam", disse o órgão em nota.

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