'Rezar e Obedecer': a seita poligâmica que obrigava meninas a engravidarem

Um novo documentário disponível na Netflix, intitulado "Rezar e Obedecer", conta a história de uma operação policial em um rancho no Texas que, em 2008, encontrou evidências de abusos sexuais, físicos e psicológicos cometidos em uma seita poligâmica, sobretudo pelo autointitulado profeta Warren Jeffs. Agora, uma das sobreviventes relata como era a sua vida e como ela fez para sobreviver.

Rebecca Musser foi uma das esposas de Rulon Jeffs, pai de Warren. Ele foi um dos líderes da seita FLDS. Quando Rebecca e Rulon se casaram, ela tinha 19 anos e ele 85. Ela conta o que fazia para evitar ter relações sexuais com ele, e afirma que sentia nojo do ato.

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"Você precisava tirar a roupa e se deitar na cama dele", contou. "Eu me lembro dele ficando por cima de mim e me mandando abrir as pernas. Eu sentia que aquilo era tudo o que nos diziam que era errado."

O documentário, dirigido por Rachel Dretzin, apresenta uma visão detalhada da seita, que existia sob a Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (ou simplesmente FLDS). Warren Jeffs era o líder, que obrigava menores de idade a se casarem e a engravidarem.

"Aos 19, eu não sabia o que era necessário, fisicamente, para engravidar. Eu não esperava que Rulon Jeffs fosse me tocar em qualquer forma", desabafou Rebecca.

Para evitar fazer sexo com ele, Rebecca o fazia deitar na cama e massageava seus pés, para que ele caísse no sono.

"Eu fazia qualquer coisa para que ele dormisse, e então eu conseguia ficar mais uma noite sem que ele me tocasse."

No documentário, em quatro episódios, o público conhece demais ex-esposas e parentes de Rulon Jeffs, além de acompanhar as investigações que desmascararam a seita e o trabalho da polícia.