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Ana Paula Renault se diz perseguida política: 'Recebo ameaças de morte'

Daniel Palomares

De Splash, em São Paulo

27/05/2022 04h00

Em vídeo publicado ontem no Instagram, Ana Paula Renault desabafou sobre os dilemas que vem enfrentando desde novembro do ano passado, quando foi desligada do SBT.

A jornalista e ex-BBB enfrenta uma batalha judicial contra Sikêra Jr. e também é alvo constante de ataques de grupos bolsonaristas nas redes sociais.

Recebo ameaças de morte, fazem montagens do meu rosto com um tiro na testa. A extrema direita tenta destruir a reputação das pessoas que são contra o governo.

lamenta Ana Paula Renault

Em papo exclusivo com Splash, ela defende que sua saída do SBT teve motivação política e também esclarece os falsos boatos que foram veiculados a seu respeito desde a demissão da emissora.

SBT

"Soltaram uma série de fake news de que eu teria batido na Flor e arrumado confusão com a equipe inteira. Alguém inventou isso para que eu não conseguisse outro emprego. Viram que eu era um perigo", opina.

Ana Paula explica que, desde quando recebeu ordens durante o "Fofocalizando" para cobrir as manifestações bolsonaristas de 7 de setembro no ano passado e falou abertamente o que pensava do movimento, se tornou um alvo dentro do SBT.

Fui perseguida política. É nítido para mim. Não sei se acharam que eu era só uma ex-BBB burrinha. Eu tenho conteúdo.

Nos últimos meses, outras celebridades como Taís Araújo e Paola Carosella também foram alvos de uma série de ataques por criticarem Bolsonaro. "A extrema-direita tem método e faz parecer que é orgânico. Tem hora que a gente não aguenta, é perturbador", lamenta.

Sikêra Jr

O apresentador da RedeTV! processa Ana Paula por críticas que ela fez a ele no "Programa Raul Gil" e no "Pânico" da rádio Jovem Pan. Após o desligamento do SBT, Sikêra teria compartilhado notícias falsas sobre Ana Paula em seu perfil do Instagram.

"A liberdade de expressão vai até onde você coloca a vida do outro em risco. É isso que o Sikêra Jr faz ao falar que a comunidade LGBTQIA+ é um horror. Eles não querem ninguém com apelo popular e lucidez com voz. Isso demonstra que a extrema-direita está desesperada", sugere Ana Paula.

Bolsonaro ao lado do apresentador Sikêra Júnior Imagem: Reprodução/Rede TV

Insegurança

Ana Paula também dá mais detalhes sobre ter abandonado a gravação do podcast do 4TalkCast com Marco Antônio Costa, o Superman do Pânico. De acordo com ela, Marco teria dito que gordofobia e machismo não existem e ironizado a situação.

"Ele foi muito preparado no deboche. Por que eu deveria ter ficado ali ouvindo ele falar? A questão é humanidade. Falar que racismo, gay, machismo é 'mimimi' causa morte", alertou.

Diante de tantas confusões, a apresentadora conta que foi convidada pela Jovem Pan para assumir um talk show na rádio, mas que ainda analisa a proposta com receio do que pode acontecer.

"Queria fazer um trabalho muito legal, levar algo com conteúdo informativo. Fiquei tentada, mas sei que estaria entrando num covil de cobras. Estou com muito medo de outubro [mês das eleições]", pontua. "Agora vou cuidar de mim e me fortalecer para poder falar cada vez mais alto", conclui.

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