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'Família Paraíso' celebra terceira idade e traz Hassum de volta a Globo

"Família Paraíso" traz celebração da melhor idade e volta de Leandro Hassum a Globo - Carolina Demper - Divulgação Multishow
'Família Paraíso' traz celebração da melhor idade e volta de Leandro Hassum a Globo Imagem: Carolina Demper - Divulgação Multishow

Daniel Palomaes

De Splash, em São Paulo

24/05/2022 16h38

Enquanto o número de idosos no Brasil continua a crescer, o Multishow aposta exatamente neste público para sua nova série.

"Família Paraíso", que estreia na próxima segunda na TV fechada e chega na programação da Globo em outubro, quer desmistificar a vida na terceira idade e marca o retorno de Leandro Hassum ao Grupo, depois de investidas na Netflix e TNT.

Sempre achei que meu rosto fazia falta [no Multishow] em meio a tantos outros talentos. Voltar [para a Globo] com total liberdade é gratificante. Não poderia estar mais feliz

festejou Leandro na coletiva de lançamento da série

A melhor idade

Mostrando o dia a dia de idosos vivendo em uma casa de repouso, "Família Paraíso" quer mostrar que ainda há muito a se viver depois dos 60 e desmistificar a ideia de abandono que estar em um desses ambientes passa para tantas pessoas.

"A gente tem tendência a achar que o idoso está sempre precisando de ajuda, mas às vezes, ele só quer se divertir, se libertar", pontua Hassum, que vive Leleco, que começa a trabalhar na casa Família Paraíso e transforma a vida de seus moradores. Cacau Protásio, Viviane Araújo e Paulinho Serra também integram o elenco.

Entre os veteranos, destaque para Artur Kohl, Ataíde Arcoverde, Cosme dos Santos, Flavio Bellini, Guida Vianna, Teca Pereira e Silvio Mattos. Eles festejam as oportunidades abertas pela série. "Sou ator desde 1962 e agora vou deixar de ser anônimo. O mercado é muito centrado nos jovens, chega uma certa idade e ninguém mais te chama", lamenta Silvio, de 79 anos.

"Existem programas adolescentes, infantis, adultos. Essa oportunidade para atores de mais idade é ímpar. Não se viu um programa feito por e para idosos. O tempo passou e a gente não", reforça Teca, aos 69 anos.

"O Brasil é preconceituoso em relação a idosos. É celebrado como um país jovem, das pessoas com corpos bonitos, bronzeados. O idoso vai a academia, tenta se manter atualizado, entender a internet", explica Guida, de 68.

"Trabalhar com o pessoal mais maduro é uma aula, eles já viveram muita coisa. Se eu conseguir chegar a metade do que eles chegaram, já estou feliz. Não tenho medo [de envelhecer], tudo aconteceu tarde para mim. Fiquei famosa tarde, casei tarde. A gente sabe que nasce, cresce, não sabemos quando vamos embora. Temos que aproveitar cada dia", conclui Cacau.