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'Rap é a escola que muitos não têm', diz L7NNON, rapper mais ouvido do país

L7NNON é o dono do hit "Desenrola, Bate, Joga de Ladin" Imagem: @asfotosdejoao

Filipe Pavão

De Splash, no Rio

13/05/2022 04h00

Aos 28, o cantor carioca L7NNON vive o auge da carreira: atualmente, é o rapper mais ouvido no país com quase nove milhões de ouvintes mensais no Spotify. Além disso, tem nove músicas no Top 200 Brasil da plataforma de streaming.

Em entrevista a Splash, ele abre o jogo sobre a felicidade em chegar ao posto, além de comentar a relação com o gênero.

"É uma honra e um prazer. Quando eu comecei, não imaginava não, mas com o passar do tempo fui percebendo que poderia chegar a esse lugar. Confesso que nunca foi meu principal objetivo porque faço rap por amor e para influenciar as pessoas, mas, ao mesmo tempo, conquistar esse posto é uma felicidade incrível", diz.

Boa parte desse sucesso se deve à música "Desenrola, Bate, Joga de Ladin", que mistura o rap de L7NNON e o funk do grupo Os Hawaianos. A faixa viralizou no TikTok e coleciona milhares de dancinhas no aplicativo de vídeos.

Ele conta que a parceria surgiu quando o rapper chamou os funkeiros para participarem do clipe da música "Sei Que Tu Gosta Muito" (feat com Biel do Furduncinho), lançada em março deste ano, e "a sintonia bateu".

"Quando o Yuri (do grupo Os Hawaianos) cantou o refrão de 'Desenrola, Bate, Joga de Ladin' para mim, eu me amarrei demais, daí soltei no meu Instagram e a coisa explodiu. Depois disso, a gente teve certeza de que tinha que gravar juntos. E não deu outra, hoje geral já tá sabendo a dancinha, esquece", celebra.

Mas o L7, como chamam seus fãs, não comemora apenas o sucesso próprio, mas também a ascensão do rap e da cultura hip-hop no Brasil.

O Brasil precisa conhecer o hip hop porque é uma cultura muito rica e que prega o conhecimento. Muitas vezes, o rap é a escola que muitos não tem acesso, mas também educa aqueles que mais estudam. E, além disso, é bom demais, né?

Nascido em Realengo, na Zona Oeste do Rio, ele acredita que a música tem o poder de transformar vidas, além de fazer refletir sobre a sociedade. Não é à toa que uma das suas músicas, "Freio da Blazer", critica as abordagens policias contra homens pretos. Ele já disse, anteriormente, que sofreu racismo ao ser abordado em blitz no Rio de Janeiro.

"A música e a cultura hip hop mudam vidas. E isso não é nenhum exagero, tá ligado? 'Freio da Blazer' inspira jovens em todo país e serviu para conscientizar várias pessoas, incluindo os policiais também, por quem tenho respeito", pensa.

Amizades com Scooby e PA

O rap também está na TV e L7NNON foi parar no "Big Brother Brasil". Ele foi atração de uma das festas do BBB 22 e cantou para os amigos Pedro Scooby e Paulo André. O rapper já conhecia os ex-brothers antes de eles serem confinados na última edição do reality da TV Globo.

"Conheço o Scooby há um tempo já. Começamos a trocar ideia pelo Instagram e sempre admirei muito a carreira dele. Da mesma forma, ele sempre demonstrou um carinho muito grande por mim. Desde então estamos sempre nos falando e incentivando um ao outro", explica.

"O P.A é gente boa pra caramba, já colava nos meus shows e desejo tudo de melhor na vida dele. O cara é fechamento", completa.

Após sair do reality, Pedro Scooby, inclusive, subiu ao palco e cantou com o rapper em um camarote da Sapucaí. "O reencontro foi da hora. Os dois representaram muito o rap lá na casa", lembra.

Em comum com o surfista e o atleta, o rapper tem a paixão por um esporte. Skatista, L7nnon chegou a participar de campeonatos fora do país, mas a música falou mais alto.

"O skate é uma grande paixão na minha vida, mas a música me arrebatou, tá ligado? Por algum motivo as coisas foram fluindo muito bem e quando vi estava mais nos palcos que nas pistas", afirma.

L7NNON no "BBB 23"?

O rapper já foi cogitado como um possível nome para o "BBB 23" por internautas nas redes sociais, mas ele conta que não toparia participar do reality global. Ele prefere entrar na casa mais vigiada do país somente para cantar.

"Eu gosto mesmo de assistir. Sou um cara reservado, não gosto de me expor muito e acho que lá deve mexer muito com a nossa cabeça. Prefiro ir para me apresentar mesmo", finaliza.

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