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Pequena Lô rebate críticas após cobrar acessibilidade no Lollapalooza

Pequena Lô usa um triciclo motorizado para se locomover, e ouviu que não deveria ter ido ao Lolla - Reprodução/Instagram
Pequena Lô usa um triciclo motorizado para se locomover, e ouviu que não deveria ter ido ao Lolla Imagem: Reprodução/Instagram

De Splash, em São Paulo

29/03/2022 10h11

Após denunciar a falta de preparo do Lollapalooza para receber pessoas com deficiência, a influenciadora Pequena Lô precisou recorrer às redes sociais para rebater críticas.

"Acabei de ver alguns comentários sobre o que aconteceu comigo e com outras pessoas no Lolla, sobre a falta de acessibilidade. Falando que o errado é a gente de ir nesse evento, sabendo que não tem acessibilidade. Eu queria não ter lido isso, me deixa tão irritada", escreveu a humorista.

Pequena Lô fala sobre acessibilidade no Lollapalooza - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Pequena Lô fala sobre a falta de acessibilidade no Lollapalooza
Imagem: Reprodução/Twitter
Pequena Lô fala sobre a importância de acessibilidade em eventos como o Lollapalooza - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Pequena Lô fala sobre a falta de acessibilidade no Lollapalooza
Imagem: Reprodução/Twitter

Pequena Lô utiliza um triciclo motorizado para se deslocar, e foi a trabalho ao Lollapalooza. Ela diz que sofreu para se locomover na área de 600 mil m² do festival, e recebeu relatos de outras pessoas com deficiência que também passaram por situações semelhantes.

Ela argumentou: "Primeiro, o evento divulgou a acessibilidade que teria e não teve, o evento em si foi incrível. Uma experiência incrível que eu tive, trabalhei os 5 dias lá. Mas deixaram, sim, a desejar. E a gente tem que ir SIM nesses eventos, porque temos direito como todas as outras pessoas".

"E se não formos nesses eventos, sejam eles com grandes nomes ou até mesmo um evento pequeno, se a gente não frequenta e não fala sobre a falta de acessibilidade, não vai mudar, e aí que a falta de inclusão vai crescendo. Então temos, sim, direito de ir e vir onde quisermos."

"Não somos nós que temos que adaptar ao ambiente que não tem acessibilidade, o ambiente que tem que se adaptar a inclusão, pra que a gente possa ter a independência de conseguir se locomover, independente da sua condição física", continuou. "E mesmo eu trabalhando no evento, eu falei sobre porque eu passei por uma situação constrangedora em que um rapaz teve a empatia de me ajudar, sem mesmo me conhecer".

"E é difícil a gente ver pessoas que se oferecem assim para ajudar. Nem mesmo algumas pessoas que trabalhavam lá, pra auxiliar, quiseram ajudar. Então por isso resolvi postar, para que nos próximos anos tenha a evolução e uma maior inclusão. E que sirva também de exemplo para todos os outros eventos, para que a gente consiga divertir como todos que estão ali."

Pequena Lô finalizou: "E se eu tenho voz para representar todas as outras pessoas PCDs eu sempre irei falar e correr atrás do que deve ser feito, a inclusão. Porque eu também vivo e sinto isso, e também gosto de viver minha vida e quero sempre ter o meu direito e liberdade de aproveitar minha vida."