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Paolla Oliveira apoia mães acorrentadas no STJ: 'Muito importante'

Paolla Oliveira demonstrou apoio a ato de mães que se acorrentaram em frente ao STJ em protesto - Reprodução
Paolla Oliveira demonstrou apoio a ato de mães que se acorrentaram em frente ao STJ em protesto Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em Maceió

23/02/2022 13h38

A atriz Paolla Oliveira demonstrou apoio à jornalista, escritora e ativista Andréa Werner, que se acorrentou hoje em frente ao prédio do STJ (Superior Tribunal de Justiça), junto com outras mães.

Elas protestam contra um julgamento em que planos de saúde pedem para limitar terapias a uma lista desatualizada da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o que prejudicaria o atendimento de crianças com deficiência física e pacientes de doenças terminais ou degenerativas.

Andréa, mãe de um adolescente autista de 13 anos, lidera o ato que ganhou o apoio de Paolla Oliveira.

No Twitter, a atriz pediu aos seus seguidores que se informem a respeito do protesto feito por essas mães em frente ao STJ, pois se trata de algo "muito importante".

Em artigo publicado pela Universa, Andréa explicou seu cotidiano como mãe de um adolescente autista e disse que, desde que passou a falar abertamente sobre o assunto, passou a receber o contato de outras pessoas que partilham da mesma realidade.

"Esse contato diário me fez enxergar os abandonos e negligências pelos quais pessoas com deficiência ou doenças graves e suas famílias passam. E isso me levou ao ativismo", explicou.

Segundo ela, o dia a dia de ser mãe e cuidadora de uma pessoa deficiente é ter que "lidar com recusas de matrícula em escolas, rejeição das pessoas em espaços públicos e o medo da própria finitude", e ressalta que hoje essas pessoas "estão em risco por causa de uma votação no STJ sobre planos de saúde".

O julgamento começou na tarde de hoje na Segunda Seção do STJ. Ele foi iniciado no ano passado, quando o ministro relator, Luís Felipe Salomão, votou a favor de limitar a lista a um rol taxativo, como querem os planos de saúde. O ministro abriu algumas exceções, porém o julgamento foi interrompido por um pedido de vista de Nancy Andrighi.

Lista de algumas terapias ameaçadas, segundo os ativistas:

  • integração sensorial, para crianças autistas ou com paralisia cerebral
  • análise do comportamento aplicado, para autismo e paralisia
  • metodologia Cuevas, para autismo e paralisia
  • bombas de morfina, para doenças ósseas e musculares crônicas
  • imunoterapia para câncer
  • cirurgia para fetos que nascem com medula fora da coluna
  • algumas cirurgias reparadoras após cirurgia bariátrica
  • tratamentos realizados em residência, o "home care", inclusive com uso de respiradores pulmonares
  • limitação de quantidades e tempos de duração de tratamentos já aceitos, como quimioterapias contra o câncer