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Quem é Fernando Rêgo, demitido da Globo, e como foi última matéria no canal

O jornalista Fernando Rêgo Barros foi dispensado pela Globo após mais de 30 anos na emissora. - Reprodução/Instagram
O jornalista Fernando Rêgo Barros foi dispensado pela Globo após mais de 30 anos na emissora. Imagem: Reprodução/Instagram

Felipe Pinheiro

De Splash, em São Paulo

08/02/2022 12h11

Demitido após mais de três décadas na Globo, Fernando Rêgo Barros era um dos jornalistas mais respeitados da emissora. O veterano realizou matérias de temas diversos para os principais telejornais, como "Jornal Nacional" e o "Jornal da Globo", além de coberturas para programas locais no nordeste.

Fernando cobriu tragédias como as enchentes de 2010 em Pernambuco para o "Bom Dia PE" e um surto de casos de microcefalia em 2015 em razão do vírus Zika, o que levou o Brasil a entrar em estado de emergência na saúde pública - a cobertura concorreu ao prêmio Emmy de Jornalismo.

Além de repórter, o jornalista também tem experiência como âncora. Em 2000, Fernando apresentou o NETV - 1ª Edição, pela Globo Nordeste, ao lado de Mônica Silveira. Nos últimos anos, ele, que se mudou para Brasília, estava mais envolvido na cobertura dos bastidores do poder da capital do país.

O repórter também participou de coberturas mais leves, de grandes eventos como o Carnaval de Recife, sua cidade natal, e a Copa do Mundo de 2014.

Olha só o Fernando no Galo da Madrugada!

A última matéria na Globo

Ao falar publicamente sobre a saída da Globo, Fernando Rêgo Barros disse que, ao gravar a sua última matéria para a emissora, não sabia que deixaria o canal alguns dias depois. A reportagem a que se referiu foi exibida ontem pelo "Bom Dia Brasil" e foi sobre o crescimento dos casos de covid-19 em virtude da variante ômicron.

Vida pessoal

Fernando Rêgo Barros divide com os amigos e seguidores momentos de sua rotina, seja de trabalho ou de lazer. O jornalista é do tipo vovô coruja e frequentemente mostra momentos à vontade com o neto João Lucas.

Perda do pai

Há nove anos, o jornalista perdeu o pai e escreveu uma carta uma semana após a perda. O texto foi publicado no Dia dos Pais de 2013.

"Não poderemos mais lhe abraçar, beijar, ver os seus olhos verdes tão bonitos. A partir de agora, teremos apenas as lembranças. E, creia, pai, elas serão eternas, permanentes", afirmou o repórter, que lembrou de memórias da infância.

Foi do pai que, também, ele herdou a devoção a São Francisco de Assis, além de qualidades sobre o seu caráter: "Com você, aprendi a respeitar os outros, a perseguir meus objetivos sem passar por cima de ninguém, a ser bom com o próximo e a ter a honestidade como princípio básico de conduta".