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Álvaro Garnero encara dois processos após arquivamento de uma denúncia

Álvaro Garnero - Marcio Silveira
Álvaro Garnero Imagem: Marcio Silveira

Lucas Pasin

De Splash, no Rio

29/01/2022 18h16

Álvaro Garnero ainda enfrenta na Justiça dois processos movidos por Cristiana Arcangeli, que participou do programa "Shark Tank Brasil" e é empresária e CEO da Beauty'in. Conforme noticiado hoje pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, uma das denúncias, aberta em 2018, foi arquivada pela Justiça.

O inquérito arquivado foi aberto em 2018 e trata-se de uma ação diferente da protocolada pela Justiça em janeiro de 2022. Arcangeli, ex-companheira de Garnero, o acusa de estelionato após investir U$ 300 mil em moedas digitais, em 2017. Ela nunca teve retorno sobre o dinheiro.

Nas redes sociais, Arcangeli fez questão de explicar sobre o processo arquivado e destacar outras ações do caso. Ela escreveu em um comentário no Instagram:

Temos três processos nesse caso: 1) calúnia difamação e ameaça 2) notícia crime de 2018 3) notícia crime de janeiro de 2022. O que foi arquivado foi apenas o processo de 2018. Cuidado para não se deixar induzir ao erro.

Em nota enviada à Splash, a equipe de Cristiana Arcangeli fala sobre o arquivamento de uma das denúncias e cita os processos restantes:

Cristiana Arcangeli esclarece que o inquérito arquivado contra Álvaro Garnero foi protocolado em 2018, e é diferente da nova notícia-crime protocolada em janeiro de 2022, que segue na Justiça.

A nota ainda diz: "A nova notícia crime trata sobre a possível existência de organização criminosa integrada pelo Sr. Álvaro Luiz Monteiro de Carvalho Garnero, Hélio Caxias e outros. Esse fato ainda não houve qualquer análise pelo Poder Judiciário e será devidamente apurado. Certamente, haverá uma tentativa de confundir os dois procedimentos, mas são distintos. Por fim, registra-se que, com as novas provas acostadas - áudios, fotos, planilhas e comprovantes de transferência - certamente essa decisão será revisitada, conforme possibilidade dita expressamente pela autoridade judicial."

Splash procurou Álvaro Garnero para saber sobre os dois processos que ainda seguem abertos. O advogado do empresário, Nelson Wilians, enviou a seguinte nota:

Todas as denúncias se baseiam nos mesmos argumentos infundados e midiáticos, que visam apenas manchar a honra de meu cliente. Desta forma, devem ser também arquivados.

Cris Arcangeli e Álvaro Garnero começaram a namorar em 2010 e tiveram um relacionamento marcado por idas e vindas - Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Cris Arcangeli e Álvaro Garnero começaram a namorar em 2010 e tiveram um relacionamento marcado por idas e vindas
Imagem: Reprodução/Instagram

Entenda a briga judicial:

Arcangeli e Garnero começaram a namorar em 2010 e terminaram o relacionamento em 2015. No entanto, mantiveram uma boa relação e eram "muito amigos", segundo informou a empresária a Splash.

No processo movido pela empresária, o qual a reportagem teve acesso, ela relata que entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018 foi "captada" por Álvaro para realizar um investimento no mercado de criptomoedas, em especial com direcionadas às bitcoins.

Cris teria transferido US$ 300 mil para uma conta bancária da titularidade de Álvaro em um banco em Nova York. Desde então, ela não teve mais notícias do montante, exceto por depósitos picados que não totalizaram R$ 100 mil, segundo o processo, que tem quase 1.500 páginas.

A empresária indica que chegou a desconfiar do contrato e cobrou o companheiro sobre o assunto, mas percebeu que ele estava se esquivando da responsabilidade. Segundo ela, Álvaro afirmou que o investimento havia sido realizado pela empresa Hibridos.

Na ocasião, os responsáveis pela empresa — Hélio Caxias Ribeiro Filho e a mulher dele, Thalia Alves Andrade Ribeiro — estavam sendo alvo de investigações. Segundo consta no processo, Álvaro sabia da suspeita.

Em nota enviada a Splash, o advogado da empresária, Pedro Abrão, afirmou que "Cristiana não viu alternativa, já que o Sr. Álvaro Luiz Monteiro de Carvalho Garnero, em suas manifestações, insiste em se desvincular de Hélio Caxias Ribeiro Filho e das empresas em que este esteve ligado, malgrado todas as provas existentes".

Já o advogado Nelson Wilians, que representa Álvaro Garnero, disse, em nota a Splash, que "esse mesmo assunto já foi objeto de pedido da Sra. Cristiana Arcangeli de instauração de inquérito policial, no qual, em janeiro de 2020, o magistrado atuante no caso concluiu pela ausência de quaisquer 'indícios de caráter criminoso na conduta descrita, porque inexistente'."