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Influencer expõe agressão de ex após término: Bateu na frente do meu filho

Milena Peixoto teve arranhões e machucados; influencer descobriu traição do ex-companheiro Wenderson Albuquerque - Reprodução/Instagram
Milena Peixoto teve arranhões e machucados; influencer descobriu traição do ex-companheiro Wenderson Albuquerque Imagem: Reprodução/Instagram

De Splash, em São Paulo

10/01/2022 08h58Atualizada em 10/01/2022 14h58

A influencer digital Milena Peixoto exibiu imagens de uma câmera de segurança em que o ex-companheiro Wenderson Albuquerque a agride. Ela compartilhou as imagens nas redes sociais.

Milena disse que Wenderson foi de Bodocó até Granito, em Pernambuco, após ela terminar o relacionamento ao descobrir uma traição dele. O casal tem um filho de dez meses.

Ele me bateu na frente de meus avós e meu filho. Meu filho e meus avós desesperados e ele não parava. Meus avós são idosos, com problema de saúde e meu filho é um bebê de colo de dez meses. Foram quatro anos de relacionamento e daí aconteceu essa traição. Decidi falar umas verdades aqui para a amante. Ele achou ruim e saiu de Bodocó, outra cidade. Tinha meia hora para pensar no que ia fazer. Invadiu a minha casa. Foi diretamente para o meu quarto, fechou a porta e disse, 'se você não apagar o que você postou, vou dar em você'. Não deu tempo nem de responder e ele foi pegando meu cabelo. Milena Peixoto

As imagens compartilhadas são fortes.

Ela afirmou que prestou queixa contra Wenderson após fazer exame de corpo de delito.

Na ocasião, Milena compartilhou um vídeo em que mostra Wenderson Albuquerque e os hematomas que ficaram no corpo, como na região do braço e das pernas.

"Foi arrancando um tufo de cabelo e me jogou no chão. Meu filho chorando muito e ele não parava. Ele pegou o nosso filho no braço e bateu em mim com ele no braço. Saiu com ele para a rua e eu fui atrás com uma faca. Quando ele viu que eu ia riscar o carro dele, ele veio para cima de mim, pegou a faca, me pegou pelos cabelos e me arrastou pelo asfalto. Eu louca para bater nele e ninguém deixava... Enfiei o dedo no olho dele. Ele merecia mais. Tinha um monte de gente vendo e ninguém veio separa. Só a minha família. Parem de achar que em briga de homem e mulher não se intromete. Se eu estivesse sozinha em casa, ele teria me matado", descreveu.

Ela ainda afirmou que, nos quatro anos de namoro, viveu só recentemente um relacionamento abusivo.

Uma em cada três mulheres já sofreu violência sexual ou física, segundo a ONU. A relação abusiva, geralmente praticada pelo parceiro, inclui ao menos um tipo de violência: verbal, emocional, psicológica, física, sexual, financeira e controle das redes da vítima, segundo a Pollyanna Abreu, fundadora da startup Não Era Amor.

"Ele acabou literalmente com o meu psicológico. Eu não sabia viver sem ele e aceitava certo tipo de situações. Ele fazia algumas coisas que eu não concordava e eu acabava surtando", disse Milena.

Hoje, ela agradeceu ao apoio de amigos e seguidores, incluindo mais influenciadores. Milena disse que é uma maneira de incentivar mais mulheres a denunciarem casos de violência doméstica e relacionamentos abusivos.

Hoje amanheci totalmente dolorida, sem conseguir mexer nem o pescoço, pelo murro que ele tinha me dado. Parecia que um caminhão passou por cima de mim. Os arranhões da perna e do braço estão ardendo bem menos, consigo tomar banho. Não esperava que fosse repercutir tanto. Saibam vocês mulheres, que passam por isso também, que vocês não estão sozinhas. Tô aqui para dar apoio e esse ato de coragem que tive em me expor vai servir para que outras mulheres tenham essa atitude e não deixar debaixo dos panos — teve gente da minha família que não queria que eu postasse. Milena Peixoto

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.

A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.

Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.