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Whindersson quis se internar por paranoia com drogas: 'Cérebro derretendo'

Renata Nogueira

De Splash, em São Paulo

16/12/2021 15h30Atualizada em 17/12/2021 11h10

Whindersson Nunes revelou em seu livro recém-lançado —"Vivendo como um Guerreiro" (editora Serena)— um período difícil que passou durante a pandemia, quando se afogou em drogas sintéticas e álcool. O humorista chegou a sofrer paranoias e a desconfiar até mesmo dos próprios amigos.

Em um dos trechos do último capítulo, em que revela que é adicto já há alguns anos, Whindersson relembra de um dia que chegou a desconfiar de Robson Sousa, amigo e comediante que trabalha com ele como roteirista.

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Whindersson Nunes
Imagem: Junior Marques

"Robson é um amigo que foi amigo inteiro nesses dias. Ele me olhava para que a solidão não piorasse. Ele compreendia o alimentar da minha desconfiança. Lembro-me de um dia em que eu apalpava as cinturas dele para ver se ele estava armado e se poderia acabar com a minha vida. Imaginem! E ele cuidando de mim."

Usando "bala, LSD em doses cavalares e algumas outras", o youtuber de 26 anos chegou a acreditar até mesmo que iria perder tudo o que conquistou em 10 anos de carreira no YouTube. Como solução, pensou em se internar, mas foi desaconselhado por amigos por causa do então término recente do casamento com Luísa Sonza. A internação poderia fazer com que a cantora sofresse ainda mais ataques.

"Eu tinha medo que essa fase pudesse voltar. E eu, às vezes, pensava que eu devia me internar. E meus amigos diziam que isso seria um prato cheio para a mídia. E também não queria que isso fosse um prato cheio para que as pessoas culpassem a Luísa."

Whindersson diz ter passado muitas noites em claro e fala da sensação de descontrole no período mais complicado do vício. "Meu cérebro derretendo. Minhas noites indormidas, virando de um lado para outro. Acusando o chão de não me caber. Tudo muito sofrido. [...] Sei que foi duro, mas poderia ter sido pior. Eu poderia ter perdido tudo o que eu conquistei. Tudo. Como muita gente perde tudo."

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Capa do livro de Whindersson Nunes
Imagem: Divulgação

A melhora aconteceu quando ele conheceu Maria Lina, sua ex-noiva. "Não digo que alguém surge na nossa vida para resolver a nossa vida. Mas sou grato à Maria. Foi nessa viagem sem fim que conheci Maria. As minhas bagunças precisavam ser arrumadas. Eu fiquei envergonhado de estar naquela situação. E fui me arrumando."

Além das drogas, o piauiense revela que também usava muito álcool, o que potencializa o efeito e as alucinações. "Eu me lembro que uma vez, na minha casa, vi uma mesa com pilhas e pilhas de cerveja, de uísque, de cachaça. A bebida também é droga! Eu resolvi deixar o chão em que eu estava e me levantar."

No capítulo que encerra o livro, Whindersson exime Luísa Sonza de qualquer culpa pelo vício dele e ainda revela que estava drogado no dia que a conheceu, em 2017.

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