Diretor da Globo expõe exigências de Camila Queiroz: 'Isso não existe'

Ricardo Waddington, diretor de entretenimento da Globo, afirma que Camila Queiroz fez "um conjunto de exigências que não existe no mundo da produção audiovisual" para filmar o desfecho de "Verdades Secretas 2" e continuar na emissora.

Em entrevista ao site F5, da Folha de S. Paulo, Waddington afirma que o problema começou quando a Globo propôs uma extensão de sete dias nas filmagens da novela devido aos atrasos na pandemia: "Todo o resto do elenco concordou em fazer. Não teve uma única pessoa que dissesse 'ah, não, não vou fazer sete diárias'".

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"Isso não existe. Nós somos profissionais. Protegemos com a nossa vida o que a gente faz. 'O show não pode parar' não é uma figura de linguagem. É a lei do que nós fazemos. O cara vai lá com febre, doente, a mãe morreu, mas ele sobe no palco e entrega o que tem que entregar", completa o diretor.

Segundo Waddington, para filmar por mais sete dias, Camila queria uma alteração no fim de sua personagem, Angel, e a garantia de que estaria numa eventual terceira temporada de "Verdades Secretas".

Ela queria alterar o desfecho da Angel. O Tony Ramos não pode fazer isto, a Fernanda Montenegro não pode fazer isto. Ricardo Waddington, diretor de entretenimento da Globo

E mais: ela também queria o poder de aprovar a campanha publicitária de "Verdades Secretas 3".

"A campanha publicitária não é de responsabilidade dos Estúdios Globo. Nem eu tenho como garantir nada para ela", argumenta o diretor. "A campanha obedece a uma lógica de marketing, e temos especialistas que estabelecem essa lógica. Eu tenho 39 anos de Globo, 39 anos que eu trabalho com elencos, e nunca havia visto nada parecido".

A Globo anunciou que Camila Queiroz não estaria nos episódios finais de "Verdades Secretas 2" na semana passada. A atriz, até agora, não comentou a briga com a Globo explicitamente: disse apenas que "a saúde mental venceu" no dia em que saiu da emissora.