Após sucesso dos filmes de Suzane, Amazon adianta: 'Não vamos parar por aí'
Responsáveis por catapultarem o ator Leonardo Bittencourt ao sucesso e reacenderem discussões sobre o Caso Richthofen, os filmes "O Menino que Matou Meus Pais" e "A Menina que Matou os Pais" passaram por um longo caminho até chegarem às telas da Amazon no fim de setembro deste ano. Inicialmente planejados para os cinemas, os longas foram uma boa aposta para o streaming.
"Acho que esse é um tipo de fenômeno que não se pode prever", refletiu Malu Miranda, head de conteúdos originais do Brasil na Amazon Studios, em entrevista para Splash.
A produtora lembra toda a trajetória dos filmes dirigidos por Maurício Eça, e o tempo que o público precisou aguardar para vê-los, já que foram adiados por causa da pandemia. Os longas trazem a atriz Carla Diaz interpretando Suzane von Richthofen, duas versões dos depoimentos dados à Justiça durante o julgamento: a dela é contada em "O Menino que Matou Meus Pais". A de Daniel é contada em "A Menina que Matou os Pais".
"O filme foi feito há alguns anos e, ao longo do caminho da finalização, tivemos muitos fatores interessantes, como parte do elenco vir a ser uma pessoa super comentada e viralizada. Nunca podemos prever, mas uma coisa interessante é entender o quanto o público gosta deste gênero de crimes baseados em fatos —'DOM' também é isso, então, é bacana ver o sucesso desse gênero em específico."
Além disso, Malu, que assumiu o posto na Amazon em 2019, após 20 anos atuando em outras produções, afirma que existe certa "confluência cósmica" nos fatores para o sucesso de audiência das duas atrações.
Às vezes, é questão de ser o momento certo de lançamento, depois de tantas expectativas e as pessoas esperando há dois anos.
Cinema ou streaming?
Com cerca de 1h30 cada, os dois filmes foram lançados para serem vistos juntos. No streaming, a tática parece ter funcionado. No cinema, no entanto, há dúvidas.
"Lançá-los no streaming faz com que as pessoas não tenham que, fisicamente, ir ao cinema e pagarem dois ingressos para assistir aos dois filmes", pontua.
Seria uma experiência muito diferente, e eu acho curioso ver que as pessoas estão consumindo como se fosse uma série. É bom ver que o espectador gosta de ver duas perspectivas diferentes.
Próximos projetos
Questionada se existem planos para investir em mais filmes e séries do gênero criminal, Malu declara que a Amazon quer fazer "mais de tudo". A plataforma, inclusive, já prepara uma série com Camila Morgado, "Sentença", que caminha nessa mesma linha. Apesar de não ser uma história real, é um drama criminal sobre os dilemas de uma advogada criminalista.
"É como se você perguntasse: 'Quer fazer mais comédia?' Com certeza", responde.
Queremos fazer mais de tudo, partindo sempre do que nossa audiência quer. Se o consumidor está amando 'true crime', não vamos parar por aqui. Com certeza, não.
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