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Tico Santa Cruz cobra posicionamento de Lula após vaias a Ciro Gomes

Tico Santa Cruz questionou se Lula irá repudiar os ataques a Ciro Gomes - Reprodução/ Instagram
Tico Santa Cruz questionou se Lula irá repudiar os ataques a Ciro Gomes Imagem: Reprodução/ Instagram

Colaboração para Splash

02/10/2021 21h38

O cantor Tico Santa Cruz, vocalista da banda de rock Detonautas, cobrou um posicionamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após o ex-governador Ciro Gomes (PDT-CE) ser hostilizado por alguns militantes durante o ato contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que aconteceu hoje na Avenida Paulista, em São Paulo.

Em seu perfil no Twitter, o artista questionou se Lula irá manifestar repúdio pelo ocorrido e disse esperar que o petista não fique calado. Para ele, as cenas de vaias e tentativas de agressão a Gomes "não representam nenhum democrata".

"O Lula virá a público fazer um repúdio ao que aconteceu hoje? Espero que sim! Acredito que essas atitudes de hoje não representam nenhum democrata! Certo Lula? Aguardemos", publicou.

Em outra postagem, Tico Santa Cruz classificou como vergonhosas as cenas que mostram algumas pessoas com comportamento violento e disse que "com esse ódio, o que vier será igual ao que já está", em relação a Jair Bolsonaro. "Esse Brasil não nos interessa", acrescentou.

"Tem gente da esquerda justificando agressão em ato pela democracia! Ou não sabe o que é democracia ou é canalha mesmo! Não há nada que justifique o que aconteceu! Se vocês encontrarem alguma justificativa então se igualaram ao bolsonarismo! Parem! Admitam que houve excesso", disse o músico.

Ciro Gomes foi vaiado durante discurso

No momento em que o presidenciável Ciro Gomes começou a discursar hoje na Avenida Paulista, em ato contra o presidente Jair Bolsonaro, os manifestantes presentes começaram a vaiar e xingar. Quando o político foi deixar o local, houve tumulto e um manifestante tentou agredi-lo.

"Fingi que não ouvi", disse ele logo após o discurso, ao deixar a manifestação. Questionado sobre se isso o atrapalhou, disse: "Procure a história do cabo Anselmo", em referência ao militante de esquerda que exerceu função de agente duplo durante a ditadura militar e tornou-se um dos principais colaboradores dos órgãos de repressão do regime.

Na saída, Ciro desceu acompanhado de seus assessores e encontrou militantes contrários à sua presença no ato em frente ao carro que o aguardava, estacionado próximo a uma choperia com militantes. Um deles tentou jogar uma garrafa de bebida no pedetista e foi contido por policiais, enquanto outros atiraram pedaços de madeira no veículo.

Ciro entrou no carro que o aguardava e o tumulto continuou, com um pequeno grupo trocando socos e a polícia utilizando spray de pimenta.
Após Ciro terminar de falar no carro, manifestantes entoaram um coro em apoio ao ex-presidente Lula.

O comportamento violento de alguns militantes foi reprovado por Fernando Haddad. Para o petista, a tentativa de agressão a Ciro foi "lamentável". Mais cedo, ele já havia destacado a importância de manter o diálogo com Gomes na luta contra Bolsonaro.

Ciro Gomes compareceu ao ato uma semana após criticar o ex-presidente Lula em entrevista à GloboNews. Antes do ato, pedetista disse ao UOL que era o momento de deixar momentaneamente de lado as diferenças.