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Maestrini diz por que se recusa a imitar Bozena: 'Pato Branco, daí!'

De Splash, em São Paulo

07/08/2021 04h00

Alessandra Maestrini fez história no humor da TV brasileira com Bozena, a empregada do programa "Toma Lá Dá Cá". Mesmo fora do ar há 12 anos, a personagem continua viva na memória do público com reprises no Viva e, agora, graças ao TikTok.

Splash bateu um papo com a atriz. É pura nostalgia!

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Milhões de pessoas dublando Bozena. Isso me dá um grande orgulho. Eu me sinto muito feliz. Ela entrou para o folclore. Digo que virei a Emília [do 'Sítio do Picapau Amarelo'].

Pode imitar a Bozena?

A intérprete da empregada de Pato Branco até hoje recebe o carinho dos fãs pela personagem, mas sempre encontra um jeitinho educado de recusar os pedidos para imitá-la. Ela explica o motivo:

"Pedem, mas eu não faço. Senão eu não faço outra coisa, gente!".

O Jô Soares dizia que quando encontram o comediante, as pessoas falam: 'Conta aí uma piada para mim? Você faz o quê? Sou dentista. Arranca isso aqui para mim'. É minha profissão.
Alessandra Maestrini
Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Imagem: Reprodução/Instagram
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"Não sou orelhão"

A atriz também compara os pedidos para imitar Bozena com uma declaração de Marisa Monte. A cantora respondeu a um jornalista que não gostava de falar de vida pessoal. Não satisfeito, o jornalista disse que ela era "pessoa pública".

Ela [Marisa Monte] falou, não sou pessoa pública. Sou uma pessoa famosa. Não sou orelhão. Não estou 24 horas por dia à disposição do cidadão brasileiro.

Assim nasceu a Bozena

Maestrini conheceu Débora Bloch em uma novela e as duas se deram bem no humor. Débora era da equipe de criação do "Toma Lá, Dá Cá", que ainda não havia estreado, e pediu para Miguel Falabella colocar Maestrini no elenco.

Bozena, então, foi escrita especialmente para a atriz.

Miguel falou: 'Para Alessandra ser empregada, tem que vir do sul'. E lembrou do namorado de uma amiga, que era lindo e chato porque tudo era a cidade dele. Ele era de Pato Branco.
Reprodução/Instagram - Reprodução/Instagram
Alessandra Maestrini e Miguel Falabella são amigos e parceiros de trabalho
Imagem: Reprodução/Instagram
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Pato Branco, daí...

Após a pesquisa de sotaque, Maestrini falou a Falabella que incorporaria ao final de cada frase a palavra "daí". A ideia surgiu após a conversa da atriz com um coreógrafo de um grupo folclórico de danças polacas que ela encontrou.

Ao fim de cada frase, ele dizia... daí.

Falei para o Miguel no ensaio, vou terminar todas as frases com daí. Ele disse, por quê? Você enloqueceu? Eu disse, vai funcionar! E assim nasceu o 'daí'.

Ih, deu branco!

E então chegou o grande dia da gravação. A emoção de estar ao lado de nomes como Diogo Vilela e Adriana Esteves era tanto que Maestrini simplesmente se esqueceu de tudo.

Quando chegou no dia da gravação, me dei conta que estava gravando com deuses que amei a vida toda! Eu falei: 'Meu Deus!' Me deu um branco e não sabia mais nada. Mas deu certo!
Divulgação - Divulgação
Alessandra Maestrini e Mirna Rubim em cena com 'O Som e a Sílaba'
Imagem: Divulgação
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Anota aí

Atualmente, Alessandra Maestrini está em cartaz com "O Som e a Sílaba", com direção e texto de Falabella, no Teatro Santander, em SP. Assim como Bozena, a personagem do musical também foi escrita especialmente para a atriz.

Dias: 6, 7, 8 , 13, 14 e 15 de agosto.
Local: Shopping JK Iguatemi.